Outras instituições aderiram ao exame de forma mais tímida. A Universidade de Brasília utiliza o Enem apenas para preencher vagas remanescentes do seu vestibular tradicional (Roosewelt Pinheiro/ABr)
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2011 às 20h11.
Brasília – O Ministério da Educação (MEC) vai anular as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dos 639 alunos do Colégio Christus, de Fortaleza (CE), que tiveram acesso a questões do exame por meio de uma apostila distribuída pela escola semanas antes da data do certame. O ministério irá aplicar uma nova prova para esse grupo de estudantes nos dias 28 e 29 de novembro.
Os itens vazaram durante a fase de pré-testes do Enem, da qual participaram alunos da escola cearense em outubro do ano passado. O pré-teste é feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para avaliar se as questões em análise são válidas e qual é o grau de dificuldade. Os cadernos de questões do pré-teste deveriam ter sido devolvidos após a aplicação e incinerados pelo Inep. A direção do Colégio Christus acredita que os estudantes devem ter repassado esses itens para um banco de questões próprio da escola, usado para confeccionar material preparatório.
Para o MEC, o fato configura quebra de isonomia e, por isso, há a necessidade de aplicar uma nova prova para os alunos do colégio. O ministério informou ainda, em nota, que, em caso de envolvimento da instituição de ensino ou de terceiros, “manifesta desde já sua intenção de processá-los civil e criminalmente”. A Polícia Federal continuará investigando o caso.