Prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP: antes do ataque, a estudante já havia sido alvo de bilhetes anônimos, colocados em sua mochila ou no vidro do carro, com ameaças (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2015 às 12h56.
São Paulo - Um ano após ter sofrido uma tentativa de estupro no câmpus Butantã, na zona oeste de São Paulo, a estudante de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) Luísa Cruz, de 25 anos, recebeu nova ameaça em bilhete anônimo neste domingo, dia 1º.
"Sei onde está", diz a mensagem recebida por ela. O caso foi registrado em boletim de ocorrência no 14º Distrito Policial (Pinheiros).
O recado foi deixado na caixa de correio de um colega onde ela está hospedada. Desde que voltou a receber novas ameaças, no último mês, a aluna disse se sentir insegura para ficar na própria casa.
De acordo com ela, o recado foi deixado sem que nenhum morador da vizinhança visse. A mensagem também teria deixado claro que o perseguidor sabia da nova rotina de Luísa e do local onde ela está abrigada.
Em agosto de 2014, a jovem foi atacada perto do prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). O homem agarrou a estudante pelo pescoço e a forçou a entrar no próprio carro.
A vítima só foi salva porque conseguiu acionar a buzina do veículo com o joelho. O agressor, segundo ela, fugiu sem que ela pudesse ver o rosto.
Antes do ataque, a estudante já havia sido alvo de bilhetes anônimos, colocados em sua mochila ou no vidro do carro, com ameaças. Os episódios voltaram a acontecer nos últimos dias, o que motivou a estudante a divulgar sua história nas redes sociais.
A USP informou que aluna terá uma reunião marcada com a Comissão de Direitos Humanos nesta quarta-feira, 4, para discutir as medidas que serão tomadas. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) ainda investiga a tentativa de estupro.