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Alta da Selic é inadequada e traz graves danos à indústria, diz CNI

A confederação diz que a elevação da Selic aponta para um ciclo de aperto monetário com reflexos na valorização cambial e “graves danos à atividade produtiva”

A sessão de hoje reserva a divulgação do PIB do Brasil do quarto trimestre de 2010 (Agência Brasil)

A sessão de hoje reserva a divulgação do PIB do Brasil do quarto trimestre de 2010 (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2011 às 21h40.

Brasília – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) entende que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), de elevar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, “é inadequada”, mesmo considerando-se que o ritmo de alta foi menor que nas duas vezes anteriores, que tiveram dosagens de 0,5 ponto percentual, cada.

Em nota, a CNI afirmou que o aumento da taxa para 12% ao ano “mostra uma perspectiva de combate ao aumento dos preços, centrada unicamente na política monetária, sem o peso devido da política fiscal”. Para a entidade, o uso da política monetária no controle da inflação concentra o ônus sobre o setor produtivo e encarece consideravelmente o investimento.

Mesmo a utilização de medidas macroprudenciais, como o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que afeta o custo do crédito, “tem efetividade limitada e prejudica a captação de recursos para a expansão das empresas”, de acordo com a CNI.

A confederação diz que a elevação da Selic aponta para um ciclo de aperto monetário com reflexos na valorização cambial e “graves danos à atividade produtiva”. Para a CNI, a política fiscal é subutilizada no controle da inflação e deveria ser prioritária para evitar uma alta sistemática dos preços.

“A experiência internacional mostrou, por diversas vezes, que o controle dos gastos públicos é mais eficiente e causa efeito mais rápido sobre o nível geral de preços do que a política monetária”, diz a nota.

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