Brasil

Alstom aceita pagar R$ 60 milhões para escapar de ação em SP

Empresa quer se livrar de uma ação de improbidade por suspeitas de pagamento de propina em contrato com a Eletropaulo durante o governo Mario Covas em 1998

Alstom (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

Alstom (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2015 às 07h24.

São Paulo – A multinacional francesa Alstom e o Ministério Público do Estado de São Paulo aceitaram fechar um acordo para que a empresa pague R$ 60 milhões para se livrar de uma ação de improbidade na Justiça de São Paulo devido às suspeitas de pagamento de propina em um contrato de R$ 317 milhões, em valores atualizados, para o fornecimento de duas subestações de energia para a Eletropaulo, antiga estatal, durante o governo Mario Covas (PSDB) em 1998.

A informação foi publicada na terça-feira, 22, pelo jornal Folha de S.Paulo.

O valor acertado entre as partes perante a 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo foi calculado a partir da propina paga pela Alstom, que, segundo a Promotoria do Patrimônio Público e Social, foi de 17% do valor do contrato de R$ 317 milhões, mais uma multa. Com isso, R$ 55 milhões são referentes ao prejuízo causado ao erário e R$ 5 milhões a multa.

O acordo foi feito no âmbito da ação civil contra a multinacional francesa e sua coligada Cegelec, e não tem relação com as investigações do cartel no setor metroferroviário de São Paulo das quais a Alsom também é alvo.

Procurada, a GE, que adquiriu a divisão de energia da Alstom, informou que não iria se pronunciar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:AESAlstomcidades-brasileirasCorrupçãoEletropauloEmpresasEmpresas americanasEmpresas francesasEnergia elétricaEscândalosEstado de São PauloFraudesMetrópoles globaisOposição políticaPartidos políticosPSDBsao-pauloServiços

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022