Aloysio Nunes e Rex Tillerson: Tillerson afirmou aos jornalistas que estava "encantado" de recebê-lo em Washington (Yuri Gripas/Reuters)
EFE
Publicado em 2 de junho de 2017 às 17h05.
Última atualização em 2 de junho de 2017 às 18h26.
Washington - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, recebeu nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, em um encontro que, segundo o governo americano, se centrou na relação econômica bilateral e na situação na Venezuela.
Tillerson se reuniu no Departamento de Estado com Aloysio e afirmou aos jornalistas que estava "encantado" de recebê-lo em Washington.
A porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, assegurou depois em um comunicado que tanto Tillerson como Nunes tinham destacado "a solidez das relações bilaterais entre ambos países e a importância da aliança entre Estados Unidos e Brasil".
O titular de Relações Exteriores americano "agradeceu ao seu homólogo o apoio do governo do Brasil em uma série de temas, incluindo o compromisso (comum) de promover o crescimento econômico, o investimento e a criação de emprego em ambos países", indicou Nauert.
"Os dois líderes também falaram sobre a nossa cooperação em temas de aplicação da lei, segurança, e assuntos regionais e globais, incluindo a situação na Venezuela", concluiu a porta-voz.
A reunião aconteceu dois dias depois de Nunes participar de um encontro de chanceleres na Organização dos Estados Americanos (OEA) para falar sobre a situação na Venezuela, onde tanto os EUA como o Brasil defenderam uma postura mais dura do organismo perante a crise política e humanitária nesse país.
O comunicado americano não mencionou a crise política no Brasil, onde o presidente Michel Temer é investigado pelo Supremo Tribunal Federal pelos crimes de corrupção passiva, obstrução à justiça e participação em organização criminosa.
O governo de Donald Trump evitou pronunciar-se sobre a situação política no Brasil, além de expressar a sua confiança na capacidade do país para superar a crise.
"Estamos a par das acusações (contra Temer) e temos confiança nas instituições do Brasil", afirmou à Agência Efe no final de maio uma funcionária do Departamento de Estado americano, que pediu anonimato.