Carlos Marun, vice-líder do PMDB na Câmara: "O procurador tem de provar as acusações contra Eduardo Cunha no STF" (Lucio Bernardo Junior/Agência Câmara)
Da Redação
Publicado em 7 de junho de 2016 às 09h40.
Brasília - Primeiro a chegar para marcar presença no Conselho de Ética na manhã desta terça-feira, 7, o vice-líder da bancada do PMDB, Carlos Marun (MS), classificou como "pirotecnia" um possível pedido de prisão do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Para ele, a solicitação da Procuradoria-Geral da República é desnecessária. "Não acredito que tenha acontecido esse pedido", afirmou.
No dia em que o colegiado deve votar o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) pedindo a perda do mandato de Cunha e que o País amanheceu com a informação de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, teria pedido a prisão do presidente afastado da Câmara, Marun disse que não há motivos para essa medida porque Cunha não obstruiu a Operação Lava Jato - e tampouco há gravações comprometedoras contra ele. "O procurador tem de provar as acusações contra Eduardo Cunha no STF (Supremo Tribunal Federal)", declarou.
Marun disse que não se sente constrangido em fazer o papel de defensor do colega de bancada porque é advogado e está acostumado com essa função.
Ele enfatizou que a eventual cassação de Cunha tem de ser alicerçada em provas, o que na opinião dele não existem.
Em provocação aos petistas, Marun disse que Cunha já afastou o PT do poder e que sua "missão" precisa ser levada em consideração porque foi "mais que cumprida".
O vice-líder do PMDB demonstrou confiança e disse que a "tropa de choque" de Cunha quer votar hoje o relatório.
O grupo articula a derrota do parecer de Rogério e deve apresentar um relatório paralelo pedindo uma punição mais branda ao peemedebista.
Antes de o parecer entrar em votação, há uma lista de 17 deputados inscritos para discursar.