Brasil

Aliado de Alckmin tenta barrar criação da CPI da Merenda

Deputado aliado de Alckmin vai tentar anular o pedido de instalação da CPI da Merenda na Assembleia Legislativa de São Paulo


	Geraldo Alckmin: aliado do governador quer anular pedido de abertura da CPI da Merenda na Alesp.
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Geraldo Alckmin: aliado do governador quer anular pedido de abertura da CPI da Merenda na Alesp. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2016 às 08h02.

São Paulo - Líder do PTB e aliado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o deputado Campos Machado tentará anular o requerimento com o pedido de instalação da CPI da Merenda na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), protocolado na semana passada com ampla adesão de parlamentares após a ocupação do plenário da Casa por estudantes de escolas técnicas e estaduais.

Na terça-feira, 17, por 49 votos, deputados da base e da oposição aprovaram o regime de urgência do projeto que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito, acelerando sua instalação.

Segundo Campos, o requerimento da CPI foi assinado pelo presidente da Alesp, Fernando Capez (PSDB), o que é proibido pelo regimento interno.

O tucano é um dos investigados pela Operação Alba Branca, da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual, por suspeita de integrar o esquema de superfaturamento e pagamento de propina em convênios da Cooperativa Agrícola Familiar para fornecimento de suco na merenda escolar para o Estado e 22 prefeituras. Ele nega.

O petebista, que se diz contrário à comissão porque o caso já é investigado pela polícia e pela Promotoria, questiona ainda o fato de a Alesp querer dar prioridade à CPI da Merenda em vez de outras comissões protocoladas antes, como a CPI do Detran, para investigar suposto esquema de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito.

"O que é estranho é que de uma hora para outra todo mundo resolveu assinar a CPI, só por causa da invasão dos alunos. Não pode ser assim. Até o presidente assinou, o que não pode. Talvez esse requerimento seja nulo", disse.

O projeto de resolução que cria a CPI deve começar a ser discutido nesta quarta-feira, 18, no plenário, mas a tendência é que a comissão só seja instalada na semana que vem ou em junho por causa das obstruções que Campos pretende fazer.

Os deputados discutem a proposta por até seis horas em duas comissões em plenário para depois votar o projeto.

Se for aprovado, o presidente da Casa pede aos líderes que indiquem os parlamentares que farão parte da CPI e o integrante mais velho convoca a primeira reunião da comissão.

"CPI, em 99% dos casos, não serve para investigar nada, apenas para fins políticos. Voto a favor única e exclusivamente pela bancada do PSDB", disse o tucano Barros Munhoz.

"Votamos nesta noite sobre pressão de meia dúzia de estudantes que invadiram essa casa", criticou Campos Machado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Estado de São PauloGeraldo AlckminGovernadoresPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

Presidente Lula discute sobre Enel com primeira-ministra italiana

Gás mais barato? Brasil deve assinar acordo com Argentina para ampliar importação, diz Silveira

Eduardo Suplicy diz que está em remissão de câncer após quatro meses de tratamento

Presidente turco viaja ao Brasil com intenção de defender a Palestina no G20