Mesmo com a remessa da apuração, fica mantida a decisão de Alexandre que converteu a prisão em flagrante de Jefferson em preventiva (Valter Campanato/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de novembro de 2022 às 09h59.
Última atualização em 10 de novembro de 2022 às 10h04.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou para o juízo da 1ª Vara Federal de Três Rios, no Rio de Janeiro, a investigação contra o ex-presidente do PTB Roberto Jefferson por suposta tentativa de homicídio de quatro policiais federais. O aliado do presidente da República, Jair Bolsonaro, foi preso em flagrante após atacar com tiros de fuzil e granada agentes e um delegado da PF que foram até sua casa em Comendador Levy Gasparian para cumprir ordem judicial do STF.
No despacho assinado na quarta-feira, 9, Alexandre de Moraes ressaltou que as condutas investigadas foram perpetradas conta funcionários da PF, de modo que a competência para apurar o caso é da Justiça Federal.
Mesmo com a remessa da apuração, fica mantida a decisão de Alexandre que converteu a prisão em flagrante de Jefferson em preventiva - que não tem data para acabar.
O ex-presidente do PTB também está preso preventivamente em razão de ordem proferida por Alexandre de Moraes por descumprimento reiterado de medidas cautelares impostas ao ex-deputado no bojo de ação em que é réu por incitação ao crime, homofobia e calúnia.
O ex-deputado cumpria prisão domiciliar desde janeiro, possibilidade condicionada ao respeito a uma série de determinações, como a proibição de uso de redes sociais.
A ofensiva do ex-presidente do PTB ao resistir à prisão deixou dois policiais feridos - a agente Karina Miranda e o delegado da Polícia Federal Marcelo Vilela.
A Polícia Federal indiciou Jefferson por quatro tentativas de homicídio - imputações ligadas não só aos atingidos por estilhaços da granada arremessada pelo ex-deputado, mas também a dois agentes que estavam em uma viatura, mas não foram atingidos.
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