Alerj: o lugar de Montes, assume o segundo vice-presidente, André Ceciliano (PT) (foto/Wikimedia Commons)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 19h20.
Rio - O deputado Wagner Montes (PRB), primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e presidente em exercício, se licenciou nesta segunda-feira, 4, para tratar da saúde, oficialmente até o dia 31 de dezembro.
No lugar de Montes, assume o segundo vice-presidente, André Ceciliano (PT). Ele será o terceiro presidente da casa em menos de um mês - todos da base de apoio do governo Luiz Fernando Pezão (PMDB).
O pedido de licença será publicado nesta terça-feira, 5, no Diário Oficial da Alerj. Wagner Montes vem com a saúde debilitada há algum tempo e já havia pedido licença antes este ano. Ele se desloca com uma carreira de rodas, e passou por constrangimento ao transitar pelo prédio da Alerj, uma vez que ele não é totalmente acessível a cadeirantes. O parlamentar só voltará ao trabalho ao fim do recesso da casa, em fevereiro de 2018.
Montes chegou a presidir a polêmica sessão do dia 17 de novembro, em que os deputados decidiram pela soltura do presidente hoje afastado, Jorge Picciani, e ainda dos colegas Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB e acusados de receber propina de empresários do setor de transportes urbanos.
Alvos da operação da Polícia Federal Cadeia Velha, os três foram presos no dia 16 de novembro, soltos no dia seguinte e encarcerados novamente no dia 21, por ordem do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
Eles estão na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde ficam também presos da Lava Jato no Rio, como o ex-governador do Rio Sergio Cabral (PMDB). Por causa da concentração de peemedebistas por lá, parentes de presos "comuns" brincam que o nome da penitenciária poderia ser trocado para Presídio Municipal De Benfica (as iniciais são as mesmas do partido).
A Mesa Diretora da Alerj informou nesta segunda-feira que irá criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o transporte rodoviário no Estado, conforme determinou o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio. Os integrantes da CPI serão indicados pelos líderes dos partidos.