Brasília - O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defendeu nesta quinta-feira que a venda de bebidas alcoólicas em estádios brasileiros seja liberada depois da Copa do Mundo.
Durante o evento esportivo, que terá início no dia 12 de junho, a comercialização será permitida. "Eu não vejo sentido em proibir dentro dos estádios, em recinto privado, algo que as pessoas fazem legalmente e publicamente nos bares e restaurantes ou privadamente em suas casas", afirmou.
Em audiência pública no Senado, o ministro questionou a legislação que normatiza o tema e disse que a permissão não iria ferir nenhum princípio da Constituição brasileira.
Ele afirmou não saber o motivo de a CBF ter assinado um Termo de Ajustamento de Conduta proposto pelo Ministério Público em 2008, que abriu caminho para a proibição.
A norma foi posteriormente incorporada no Estatuto do Torcedor, também questionado por Aldo.
"(A proibição aparece) depois, de forma ambígua, porque a legislação não é muito clara no próprio Estatuto do Torcedor", disse.
A lei veda o porte de objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência durante os jogos.
O ministro defende que a venda seja permitida em espaços reservados aos bares e restaurantes nos estádios, com restrição de consumo nas arquibancadas.
Segundo ele, a liberação seria uma forma de conseguir retorno financeiro aos grandes empreendimentos construídos para a Copa do Mundo.
"Como a operadora do estádio vai obter uma renda com a concessão de um bar que não pode vender cerveja, que não pode vender bebida?", questionou.
Aldo Rebelo citou outros países, que permitem a venda de bebidas, como a Inglaterra e os Estados Unidos.
"Recentemente, eu vi num estádio dos Estados Unidos o próprio presidente Barack Obama portando um grande copo de cerveja com a família e com outros espectadores", afirmou.
"A comercialização de bebidas nos estádios diz respeito à liberdade das pessoas que frequentam. Num dia tem um jogo do Grêmio e do Internacional, e não pode vender bebida. No outro dia tem um show da Madonna e pode vender qualquer bebida. Eu acho uma coisa inexplicável", disse o ministro.
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1. Onde eles gostam de jogar
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1/12 (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)
São Paulo - Os
estádios da Copa
podem ter custado 8 bilhões de reais - três vezes mais que o previsto - mas os jogadores da série A do Campeonato Brasileiro de 2013 parecem ter gostado dos novos locais de trabalho: das 19 arenas utilizadas na competição no ano passado, as três melhores são aquelas (re)construídas para o
Mundial, na avaliação de quem está nos gramados. O
Maracanã é o preferido: 97% dos jogadores dão notas que vão de 8 a 10 para ele. A nota média ficou em 9,4. No outro lado da lista, aparecem estádios pequenos que não passaram por reformas de vulto, como Canindé (SP) e Vila Capanema (PR). A pesquisa foi feita pelo
Datafolha e encomendado pela Odebrecht Properties. Foram entrevistados 286 jogadores e 6 técnicos dos 20 clubes que disputaram o Brasileirão, sendo 14 atletas em média por time. As respostas foram dadas nos centros de treinamento entre os últimos meses de dezembro e janeiro. As notas consideram apenas os jogadores que conhecem cada estádio. Ou seja, quem não jogou no novo Mineirão, por exemplo, não opinou. Este dado pode ser conferido no
ranking. Os estádios da Copa que ainda faltam ser inaugurados, claro, não estão na lista. Confira a seguir as arenas que oferecem as melhores condições de trabalho para os jogadores.
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2. 1º Maracanã (RJ) – 9,4
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2/12 (REUTERS/Ricardo Moraes)
Rio de Janeiro Dos atletas da série A,
14% nunca jogaram no novo Maracanã Quantos dão nota de 8 a 10:
97% Nota média: 9,4
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3. 3º Arena Fonte Nova (BA) – 9,2
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3/12 (Ricardo Correa/EXAME.com)
Salvador Dos atletas da série A,
26% nunca jogaram na nova Fonte Nova Quantos dão nota de 8 a 10:
95% Nota média: 9,2
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4. 4º Morumbi (SP) – 9
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4/12 (MIGUEL SCHINCARIOL/Placar)
São Paulo Dos atletas da série A,
16% nunca jogaram no estádio do São Paulo Quantos dão nota de 8 a 10:
89% Nota média: 9
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5. 5º Arena Pernambuco (PE) – 8,8
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5/12 (REUTERS/Helder Tavares)
Recife Dos atletas da série A,
14% nunca jogaram na nova Arena Pernambuco Quantos dão nota de 8 a 10:
88% Nota média: 8,8
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6. 6º Mané Garrincha (DF) – 8,8
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6/12 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Brasília Dos atletas da série A,
47% nunca jogaram no novo Mané Garrincha Quantos dão nota de 8 a 10:
84% Nota média: 8,8
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7. 8º Pacaembu (SP) – 8,6
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7/12 (Wikimedia Commons)
São Paulo Dos atletas da série A,
14% nunca jogaram no Pacaembu Quantos dão nota de 8 a 10:
83% Nota média: 8,6
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8. 10º Vila Belmiro (SP) – 8,1
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8/12 (Wikimedia Commons)
Santos Dos atletas da série A,
17% nunca jogaram no estádio do Santos Quantos dão nota de 8 a 10:
69% Nota média: 8,1
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9. 12º Couto Pereira (PR) – 7,5
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9/12 (Leonardo Stabile / Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Curitiba Dos atletas da série A,
18% nunca jogaram no estádio do Coritiba Quantos dão nota de 8 a 10:
50% Nota média: 7,5
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10. 14º Heriberto Hulse (SC) – 7
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10/12 (Fejuncor / Wikimedia Commons)
Criciúma Dos atletas da série A,
30% nunca jogaram no estádio do Criciúma Quantos dão nota de 8 a 10:
36% Nota média: 7
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11. 19º Vila Capanema (PR) – 5,8
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11/12 (Fabiowerlang / Wikimedia Commons)
Curitiba Dos atletas da série A,
33% nunca jogaram no estádio do Paraná Clube Quantos dão nota de 8 a 10:
19% Nota média: 5,8
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12. Agora, confira as dificuldades vividas por cada arena do Mundial
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12/12 (Buda Mendes/Getty Images)