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Alckmin volta a defender internação involuntária

O governador afirmou, porém, que quer que 90% das internações ocorram voluntariamente

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 15h29.

São Paulo - O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) voltou a defender nesta segunda-feira a internação involuntária de dependentes químicos e garantiu que o Estado terá os leitos suficientes para todos aqueles que necessitem do tratamento. "Dependência química é doença, como é o apendicite, como é a pneumonia. Precisa de tratamento. Você tem casos que trata uma doença no consultório, ambulatorialmente, e tem casos que você tem que internar, para isso tem hospital", garantiu o Alckmin durante vistoria às obras de construção de um piscinão para conter enchentes na região da Avenida do Estado, na capital paulista.

De acordo com o governador, a dependência química é um problema de saúde pública que demanda respostas do Estado. "O que se deseja é dar a mão para essas pessoas, ajudar as famílias e salvar vidas. Porque tem pessoas morrendo nas ruas e porque chegam num tal ponto de desnutrição que pegam todas as doenças chamadas intercorrentes e acabam indo a óbito. São casos graves. Mas esse é um problema de saúde pública e nós não vamos nos omitir", garantiu. "A regra tem que ser tratamento ambulatorial. Mas não vamos desistir de casos graves. Queremos que mais de 90% (das internações) sejam (voluntárias)".

Em seu discurso, Alckmin defendeu ainda a existência de hospitais que tratam de doenças mentais, apesar de ressaltar que o objetivo do governo é tratar os pacientes ambulatorialmente. "Há uma tese equivocada que tem que fechar todos os hospitais de doença mental. Não é assim. A visão deve ser sempre ambulatorial", argumentou.

O governador afirmou ainda que o Estado dispõe de leitos suficientes para tratar os dependentes que busquem tratamento ou que acabem internados involuntariamente. "Nós temos vagas, se houver necessidade de mais vagas, nós contratamos". Atualmente, o Estado dispõe de 691 leitos para esse tratamento e, segundo Alckmin, outros 500 serão entregues em breve.

Na opinião do governador, o novo serviço que será oferecido no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) - que terá plantão de juiz, promotor, advogados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e agentes de saúde - será um incentivo àqueles que buscam tratamento. "Vai aumentar (inclusive) as internações voluntárias", concluiu o governador.

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