Lula e Alckmin (Andressa Anholete/Bloomberg/Getty Images)
Da redação, com agências
Publicado em 22 de dezembro de 2022 às 12h27.
Última atualização em 22 de dezembro de 2022 às 12h33.
O presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmou nesta quinta-feira, 22, que o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), será o ministro do recriado Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). "Resolvi colocar o meu vice para trabalhar. Alckmin vai ter muito trabalho, mas terá imenso sucesso no MDIC. Com sua capacidade de articulação, ele será extraordinário no MDIC", disse. Lula havia dito inicialmente que Alckmin não seria ministro de governo.
Está não é a primeira vez que o vice-presidente assume um ministério. No primeiro governo Lula, o então vice, Jose Alencar, foi ministro da Defesa. No governo Dilma Rousseff, o vice Michel Temer comandou a Secretaria de Relações Institucionais.
A escolha pelo vice ocorreu após empresários de renome recusarem o convite. Estudioso de assuntos como reforma tributária, Alckmin tem bom trânsito no setor produtivo e, na avaliação de Lula, pode atuar como um facilitador do diálogo do governo com o mundo industrial.
Nos últimos dias, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e filho do ex-vice-presidente José Alencar, Josué Gomes da Silva, recusou o convite por estar enfrentando um movimento para destituí-lo da Fiesp. Já Pedro Wongtschowski, do Grupo Ultra, não teria aceitado a proposta por não poder abandonar suas atividades privadas.
"Josué me disse que não poderia assumir MDIC porque é presidente da Fiesp em disputa na Fiesp. O (Paulo) Skaf tenta convocar assembleia para tirar Josué", acrescentou Lula.
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