Geraldo Alckmin: os reajustes foram nas tarifas de transporte público foram anunciados no fim de 2016 em conjunto pelo governo Alckmin e pela gestão do prefeito João Doria, ambos do PSDB (Edson Lopes Jr./Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de abril de 2017 às 22h03.
Última atualização em 10 de abril de 2017 às 22h09.
Após obter aval da Justiça, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu aplicar a partir do próximo sábado, 15, o reajuste de 14,8% na tarifa integrada entre ônibus e trilhos (trem e metrô) na capital paulista.
Com o aumento, o valor do bilhete de integração passará dos atuais R$ 5,92 para R$ 6,80.
O anúncio foi feito na noite desta segunda-feira, 10, pela Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos depois que a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, autorizou o aumento em decisão publicada na última sexta-feira, 7.
A tarifa básica tanto do ônibus municipal, quanto do trem e do metrô permanece congelada em R$ 3,80.
No sábado, também serão reajustados em até 35,7% o valor dos bilhetes temporais.
O mensal, por exemplo, que não era reajustado desde a sua criação, há mais de três anos, passará a custar R$ 190 o comum (sugerido para mais de 50 viagens) e R$ 300 o integrado (sugerido para mais de 44 viagens).
Já o bilhete 24 horas (indicado para mais de quatro viagens por dia) ficará em R$ 15 o comum e R$ 20 o integrado.
Os reajustes foram nas tarifas de transporte público foram anunciados no fim de 2016 em conjunto pelo governo Alckmin e pela gestão do prefeito João Doria, ambos do PSDB.
Doria havia prometido na campanha eleitoral a não reajustar a tarifa de ônibus, que ficou em R$ 3,80.
Para evitar o ônibus político, Alckmin, padrinho político do prefeito, decidiu congelar também a tarifa comum do trem e do metrô.
Em contrapartida, reajustaram os bilhetes integrado e temporal.
Os novos valores chegaram a entrar em vigor no dia 8 de janeiro deste ano, mas foram suspensos em seguida por uma decisão de um juiz de 1ª instância a partir de um pedido feito por deputados da bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Os petistas alegam que o reajuste na integração penaliza dos passageiros mais pobres.
Alckmin tentou recorrer da decisão em diversas instâncias, no Tribunal de Justiça de São Paulo, e no STJ, alegando prejuízo de R$ 404 milhões em 2017 sem a adoção do aumento.
Na última sexta-feira, a presidente do STJ, ministra Laurita Vaz, suspendeu decisão que impedia o governo Alckmin de reajustar apenas a tarifa integrada e os bilhetes temporais com índices acima da inflação.