Brasil

Alckmin promete mudar modelo de licitação do metrô

A decisão foi tomada para evitar que se repitam os transtornos verificados no prolongamento da Linha 5-Lilás

Estação da linha verde do Metrô (Wikimedia Commons)

Estação da linha verde do Metrô (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2011 às 10h01.

São Paulo - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem que vai mudar o modelo de licitação que será adotado na construção das próximas linhas do metrô. A decisão foi tomada para evitar que se repitam os transtornos verificados no prolongamento da Linha 5-Lilás - que vai da região do Largo 13 de Maio até a Chácara Klabin, na zona sul.

Além das suspeitas de irregularidades na licitação - uma vez que os vencedores seriam conhecidos antes da abertura dos envelopes -, o prolongamento da Linha 5-Lilás enfrenta ações judiciais que questionam o modelo. Uma delas tramita na 9.ª Vara da Fazenda Pública e pode nos próximos dias novamente travar o contrato, que foi retomado anteontem pelo governo estadual, após sete meses de paralisação.

O principal ponto questionado é a cláusula que impede que o consórcio vencedor de um dos oito lotes também seja responsável por outro. Esse modelo foi adotado, segundo informou na ocasião a gestão passada, para evitar que uma empresa com problemas financeiros, por exemplo, paralise o restante da obra.

Por outro lado, esse modelo permite que propostas mais caras vençam os lotes. Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo de ontem mostrou que o modelo da Linha 5-Lilás encareceu em R$ 304 milhões a obra. Isso porque a empresa que venceu o lote 1 foi excluída das demais seleções, mesmo apresentando uma proposta de menor valor. A mesma situação se repetiu em outros cinco lotes

"Eu pretendo nas novas licitações, e estamos aqui falando da Linha 6-Laranja, que, quando você tem vários lotes, quem ganhe um deles possa ganhar dois, para você ter disputa no processo licitatório", disse o governador, durante inauguração de obras da Sabesp pela manhã. Esse modelo poderia fazer as propostas mais baratas ganharem os lotes da obra. "Agora, essa licitação (Linha 5-Lilás) já estava contratada. Então, você não pode romper o contrato se não tem fato jurídico", completou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas estataisEstatais brasileirasMetrô de São Paulomobilidade-urbanaTransporte públicotransportes-no-brasil

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022