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Alckmin promete documentos do caso Siemens até terça

Governador disse que publicará ata das reuniões da comissão criada para investigar a suspeita de formação de cartel em obras do Metro e da CPTM


	Metrô de São Paulo: membros da própria comissão reclamam da falta de divulgação do material relacionado às investigações de cartel
 (Mauricio Simonetti/EXAME.com)

Metrô de São Paulo: membros da própria comissão reclamam da falta de divulgação do material relacionado às investigações de cartel (Mauricio Simonetti/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 21h50.

São Paulo - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta segunda-feira, 23, que publicará até esta terça, 24, a ata das reuniões do Movimento Transparência, comissão criada pelo tucano para investigar a suspeita de formação de cartel em obras do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Reportagem publicada pelo Estado mostra que os membros da própria comissão reclamam da falta de divulgação do material relacionado ao tema.

Alckmin disse ser "totalmente favorável" à publicidade dos documentos. "Não sei por que não foi publicado. Vai ser publicado. O que não pode ser publicado é o que esteja sob sigilo de justiça, não que a gente não queira", disse o dirigente.

Perguntando quando essas informações estarão à disposição dos internautas, o governador disse "hoje" ou "amanhã". "Hoje [segunda] cedo eu despachei com o Edson (Aparecido, secretário da Casa Civil) e eu falei que é liberdade total. Pode publicar o que quiser, acho até bom, para que as pessoas acompanhem o trabalho da comissão, que é uma comissão de alto nível, que não é do governo, para acompanhar o trabalho."

A comissão, inicialmente batizada de Movimento Transparência, mas foi renomeada para Grupo Externo de Acompanhamento a pedido das entidades que compõem o movimento.

Vazamento de informações

O tucano falou ainda sobre a denúncia veiculada pelo jornal Folha de S.Paulo a respeito do suposto vazamento de informações feito pelo atual secretário-executivo do Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas, Pedro Benvenuto, quando era gestor na Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos , a um consultor externo, José Fagali Neto. As informações versariam sobre investimentos do governo no Metrô e na CPTM. Fagali Neto é irmão do então presidente do Metrô de São Paulo, José Jorge Fagali.

"A Corregedoria Geral da Administração, que é o doutor Gustavo Húngaro, demos a ele a ordem expressa para fazer a investigação completa, não ter nenhuma dúvida. Se tiver algum servidor público envolvido em irregularidade, ele será responsabilizado. Então, vamos aguardar", disse Alckmin.

O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, contudo, comentou sobre o suposto vazamento de dados por Benvenuto e disse que não tem controle sobre todas as ações de seus subordinados."Eu não tenho controle. Nem eu, nem você, nem ninguém. O que a pessoa faz à noite, ou faz fim de semana, ou faz na hora do almoço. Isso é da pessoa", afirmou Fernandes, que ocupava o mesmo cargo em 2006, na segunda gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) à frente do governo do Estado.

O tucano acrescentou que Benvenuto segue no cargo. " Vamos aguardar o início, ao menos, da investigação. Todos os fatos que ocorrem a corregedoria imediatamente apura."

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