Geraldo Alckmin: governador de São Paulo não respondeu se os três policiais envolvidos na ação foram afastados dos postos de trabalho (Marcelo Camargo/ABr)
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 14h35.
São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, 27, que a Polícia Militar (PM) abriu um inquérito para apurar as circunstâncias em que o estoquista Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves, de 22 anos, levou tiros de policiais durante abordagem neste sábado, 25, em Higienópolis, na região central da capital paulista.
Chaves foi baleado no peito e nas genitais e está internado em estado grave na Santa Casa de Misericórdia, também no centro da capital.
"Quero transmitir à família da vítima toda a nossa solidariedade, todo apoio à Santa Casa, estamos torcendo para que ele seja salvo. Foi aberto um inquérito policial-militar, para apurar as condições em que isso ocorreu e os procedimentos do policial", disse.
Imagens de uma câmera de segurança de um prédio da Rua Sabará mostram o momento em que o estoquista caiu no chão, após conflito com três PMs.
Os agentes disseram que Chaves portava um estilete e que teria tentado agredir um dos policiais, mas não é possível ver isso no vídeo.
Perguntado se a resposta dos policiais não teria sido excessiva, Alckmin não respondeu. Ele disse ainda que não tinha visto o vídeo da câmera de segurança.
"Eu vi as fotos no jornal, mas o dr. Grella (Fernando Grella Vieira), o secretário da Segurança Pública, está empenhado em esclarecer."
Alckmin disse ainda que as prisões são o "momento de maior estresse". O estoquista teria começado a correr depois de uma abordagem policial perto da Rua da Consolação, onde houve manifestações contra a Copa do Mundo.
O governador de São Paulo não respondeu se os três policiais envolvidos na ação foram afastados dos postos de trabalho. Na manhã desta segunda-feira, 27, Chaves saiu do coma induzido.