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Alckmin enfrenta divisão com aliados do DEM

No MDB, na maior parte das "traições" candidatos a governador do partido também tentam atrair para si eleitores de Lula

Pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin: ausência marcante no evento foi a do último candidato a presidente pelo PSDB, senador Aécio Neves (Adriano Machado/Reuters)

Pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin: ausência marcante no evento foi a do último candidato a presidente pelo PSDB, senador Aécio Neves (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de agosto de 2018 às 10h27.

São Paulo - O ex-governador e candidato tucano ao governo de Roraima, José Anchieta Junior, tem reiterado a lideranças nacionais do partido que apoiará Geraldo Alckmin. Anchieta, porém, priorizou a pauta da segurança pública para associar a campanha à candidatura presidencial de Jair Bolsonaro (PSL). Ao mesmo tempo em que ressalta sua fidelidade a Alckmin, Anchieta disse que é o "Bolsonaro de Roraima".

A situação de Alckmin é de risco também em dois palanques onde é aliado ao DEM no Centro-Oeste. No Distrito Federal, o deputado Alberto Fraga, postulante ao Palácio do Buriti, disse que "respeita" Alckmin, mas apoia Bolsonaro.

Em Goiás, o senador Ronaldo Caiado tentará conquistar o Palácio das Esmeraldas contra o governador José Eliton (PSDB), por isso rejeita receber Alckmin e acena para o candidato do Podemos a presidente, o senador paranaense Alvaro Dias, e também a Bolsonaro.

Na visita de Bolsonaro a Goiânia e Rio Verde, no mês passado, os apoiadores do candidato espalharam faixas com fotos dele e do senador. Caiado chegou a subir num carro de som onde Bolsonaro estava num evento de ruralistas, em maio, em Brasília.

O presidenciável do PSDB poderá ainda sofrer com traições nas regiões Nordeste e Norte. Apesar de o PTB ter se aliado nacionalmente ao tucano, o senador Armando Monteiro, candidato ao governo de Pernambuco, é histórico aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o visitou na cadeia em Curitiba.

Em 2014, quando perdeu a eleição para o Palácio das Princesas, Monteiro foi apoiado por Lula. Do PSD, que também coligou-se com Alckmin nacionalmente, o governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, é outro nordestino que defende Lula e tentou visitar o petista na prisão.

No MDB, na maior parte das "traições" candidatos a governador do partido também tentam atrair para si eleitores de Lula.

O petista conta com o apoio de João Arruda, deputado que deve ser lançado na disputa ao governo do Paraná pelo presidente estadual da legenda, o senador Roberto Requião. Ele é opositor do governo Temer e da candidatura de Meirelles.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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