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Alckmin diz que não discute defender legado de Temer por apoio do MDB

Henrique Meirelles disse que aceitaria conversar com o PSDB se permanecesse como na cabeça de chapa e os tucanos indicassem um nome para a vice

Geraldo Alckmin: "Nós respeitamos o MDB, que tem candidato próprio, doutor Henrique Meirelles" (Adriano Machado/Reuters)

Geraldo Alckmin: "Nós respeitamos o MDB, que tem candidato próprio, doutor Henrique Meirelles" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de maio de 2018 às 19h40.

Brasília - O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, ex-governador Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira, 9, que não discute a defesa de um legado do governo Michel Temer, apesar de o Palácio do Planalto já ter iniciado conversas com a cúpula tucana para possível formação de uma aliança eleitoral.

Alckmin afirmou que tal defesa "não está colocada em discussão no momento". O tucano disse que seria uma "indelicadeza" porque o MDB tem como pré-candidato à sucessão de Temer o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

Mais cedo, Meirelles disse que aceitaria conversar com o PSDB se permanecesse como na cabeça de chapa e os tucanos indicassem um nome para a vice.

"Nós respeitamos o MDB, que tem candidato próprio, doutor Henrique Meirelles. O que estamos fazendo nesse momento é uma conversa com partidos que certamente não terão candidato. Se não terão, é factível fazer uma aliança", disse Alckmin. "As alianças vão ficar para julho, só em julho vamos ter um quadro melhor."

Alckmin disse também que é preciso aguardar a decisão do PSB, que ontem perdeu seu pré-candidato a presidente, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa.

Com a desistência de Barbosa, uma ala do PSB deseja apoiar Alckmin. "O fato de o Joaquim Barbosa não ser candidato a presidente não quer dizer que ele não vá participar da vida pública. Vamos aguardar", afirmou o tucano.

Pré-candidato ao governo de São Paulo, o ex-prefeito paulistano João Doria defendeu uma aliança com o MDB e a defesa do legado econômico e da agenda social de Temer.

Doria tem interesse numa aliança com o partido de Temer porque busca tirar da disputa o empresário Paulo Skaf, pré-candidato do MDB ao Palácio dos Bandeirantes.

Entusiasta da coligação PSDB-MDB, Doria disse que é preciso "valorizar as coisas boas" do governo Temer e que o acerto entre os partidos significaria mais tempo de TV para Alckmin e mais capilaridade para a campanha.

"Não vejo problema, numa eventual coligação com o MBD, em defender a política econômica implantada pelo ex-ministro Henrique Meirelles. Ela é boa para o Brasil, estancou a inflação, melhorou os índices do País, apresentou crescimento econômico e foi responsável fiscalmente", disse Doria.

Doria disse que não terá problemas em dividir o palanque de Alckmin em São Paulo com o atual governador Márcio França (PSB), seu adversário na disputa. França é atualmente o principal apoiador do ex-governador, de quem foi vice, dentro do PSB.

"Não me cria nenhum constrangimento que Alckmin esteja num outro palanque no meu Estado. Ele fez o que era de sua conveniência", disse Doria.

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