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Alckmin diz que não conhecia Paulo Vieira de Souza, preso de manhã pela PF

Ex-diretor da Dersa na gestão do PSDB foi preso preventivamente no âmbito de processo que investiga supostas irregularidades na construção do Rodoanel Sul

Geraldo Alckmin: "Na realidade, no meu governo não teve nenhum problema. Aliás, nós é que investigamos. Foi a Dersa que investigou e levou ao Ministério Público" (Leonardo Benassatto/Reuters)

Geraldo Alckmin: "Na realidade, no meu governo não teve nenhum problema. Aliás, nós é que investigamos. Foi a Dersa que investigou e levou ao Ministério Público" (Leonardo Benassatto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de abril de 2018 às 18h44.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta sexta-feira, 6, que "não conhecia" Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa na gestão do PSDB, ao ser questionado se ele era um homem de confiança de seu governo.

Vieira teve prisão preventiva decretada na manhã desta sexta pela Polícia Federal no âmbito de processo que investiga supostas irregularidades ocorridas em desapropriações para a construção do Rodoanel Sul.

"Não, eu nem o conhecia. Na realidade, no meu governo não teve nenhum problema. Aliás, nós é que investigamos. Foi a Dersa que investigou e levou ao Ministério Público", disse o tucano a jornalistas após cerimônia de entrega de novas estações do metrô, em seu último dia à frente do governo paulista. Ainda sobre o caso do ex-diretor da Dersa, Alckmin afirmou que decisões judiciais servem para todos: "investigue-se e faça justiça".

Já em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador lançou mão do mesmo discurso quando questionado se acreditava que o petista deveria se entregar à Polícia Federal, após ter tido prisão decretada pelo juiz Sergio Moro. "Direito de defesa é constitucional, é sagrado. Agora, decisão judicial precisa ser respeitada".

Aposta em infraestrutura

Alckmin comemorou a entrega do metrô de hoje e mostrou intenção de apostar fortemente nos projetos de infraestrutura se conseguir se alçar à Presidência da República. "O desafio do mundo inteiro, não só do Brasil, é emprego e renda. E o que mais gera muito emprego e renda? Metrô, trem, estrada, aeroporto, água, esgoto, moradia. É construção".

O presidenciável destacou que o País tem uma enorme possibilidade de avançar no setor de infraestrutura em um momento em que há grande liquidez no mundo. De acordo com ele, o Brasil precisa de bons projetos e segurança jurídica para viabilizar a expansão da infraestrutura. "Se tiver bom marco regulatório e fiscalização, é um espetáculo, porque você traz investimento privado, amplia infraestrutura e gera muito emprego".

Alckmin inaugurou nesta manhã um novo trecho da linha 15-Prata do metrô, em sistema de monotrilho. Com extensão de 5,5 quilômetros, o trecho inclui quatro novas estações: São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói e Vila União. Agora, a linha passará a ter 7,8 quilômetros de extensão, ligando a Vila Prudente (onde há integração com a linha 2-Verde do metrô) à Vila União.

As quatro estações começam a funcionar em esquema de operação assistida. Estarão abertas de segunda a sexta-feira entre 10h e 15h, sem cobrança de tarifa até a estação Oratório.

A implantação da linha tem um custo total de R$ 5,2 bilhões, valor que compreende a construção de 15,3 quilômetros de vias e 11 estações entre Vila Prudente e Jardim Colonial (antiga Iguatemi), além da compra de 27 trens e três novos terminais de ônibus na região da Vila Prudente.

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