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Alckmin considera prêmio para gestão hídrica "merecido"

Para governador, SP é modelo de gestão de recursos hídricos - estado padece com crise da falta de água há mais de 1 ano

Geraldo Alckmin vistoria obras de interligação entre os sistemas Rio Grande e Alto Tietê (Eduardo Saraiva/A2img)

Geraldo Alckmin vistoria obras de interligação entre os sistemas Rio Grande e Alto Tietê (Eduardo Saraiva/A2img)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2015 às 15h55.

Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 13h27.

São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), considera "merecido" o prêmio que receberá da Câmara dos Deputados pelo seu trabalho na gestão hídrica do estado. A declaração foi dada em reunião dos Conselhos Comunitários de Segurança da Grande São Paulo, segundo informa o G1.

"Modéstia à parte, é merecido", disse. "São Paulo é hoje um modelo para o Brasil do ponto de vista de recursos hídricos. Por quê? Primeiro, não teve seca só em São Paulo. Teve em 1.500 municípios. O único ente federativo que deu bônus para evitar desperdício foi São Paulo. Nenhum estado, nenhuma prefeitura, nem o governo federal, ninguém fez nada. Nós demos o bônus."

O reconhecimento em questão é o Prêmio Lúcio Costa de Mobilidade, Saneamento e Habitação 2015, dado a iniciativas que propõe a melhoria da vida dos cidadãos. A indicação do governador foi feita pelo deputado federal João Paulo Papa (PSDB) e a entrega do prêmio acontece dia 13 de outubro, na Câmara dos Deputados.

Por outro lado...

O estado de São Paulo, comandado por Alckmin, enfrenta a pior seca da história e registra períodos de torneiras secas há mais de um ano. O sistema Cantareira tem 12,5% da capacidade de armazenamento, já com a cota de volume morto no cálculo. O sistema Alto Tietê, segundo mais comprometido, registra hoje 15,3% da capacidade.

Este mês, um estudo escrito por um trio de pesquisadores brasileiros da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) constata que foi o mau gerenciamento levou o sistema Cantareira a uma "transição catastrófica", fazendo com o que o reservatório passasse rapidamente de condições normais para um "estado de ineficiência".

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