Lava Jato: Youseff, um dos principais operadores do esquema revelado pela Lava Jato, deve retornar à carceragem da PF (Divulgação / Polícia Federal)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 15h38.
São Paulo - Internado desde sábado no Hospital Santa Cruz, em Curitiba, o doleiro Alberto Youssef teve alta na tarde desta segunda-feira.
Com isso, um dos principais operadores do esquema revelado pela Operação Lava Jato deve retornar à carceragem da Polícia Federal, onde está desde março.
Youssef, que tem uma cardiopatia grave, apresentou febre e dores abdominais no sábado.
Ele foi levado ao hospital porque o quadro não foi revertido pelo atendimento médico da superintendência da Polícia Federal do Paraná.
De acordo com o criminalista Figueiredo Basto, seu cliente chegou a desmaiar na carceragem.
Ao chegar ao hospital, Youssef já não apresentava mais febre e as dores abdominais haviam diminuído. Mesmo assim, ele foi submetido a uma tomografia e outros exames.
A alta do doleiro foi assinada pelo cardiologista Rubens Zenóbio Darwich.
Esta é a quarta vez que o doleiro é internado desde que foi preso em março pela Operação Lava Jato, acusado de ter lavado dinheiro desviado da Petrobras.
O doleiro tem um problema grave no coração, mas o estresse é que teria agravado sua saúde. Desde a prisão, ele emagreceu 16 quilos. Uma fisioterapeuta foi autorizada a atendê-lo na superintendência da PF três vezes por semana.
Em outubro, na véspera da eleição presidencial, Youssef foi internado e boatos se espalharam na internet de que ele havia morrido por envenenamento.
A Polícia Federal, entretanto, emitiu nota afirmando que o doleiro teve "uma forte queda de pressão arterial causada por uso de medicação no tratamento de doença cardíaca crônica".
Youssef é um dos principais delatores do esquema na Petrobras. Ele contou que os contratos de empreiteiras eram superfaturados para abastecer partidos como PP, PT e PMDB.
Segundo seu advogado, o doleiro já concluiu seus depoimentos, mas a colaboração ainda não foi homologada pelo juiz Sérgio Moro.