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Ajuda do G7 à Amazônia será de 83 milhões de reais

A verba será usada principalmente para o envio de aviões para apagar o fogo na região, anunciaram autoridades

Amazônia: ministro da Justiça, Sergio Moro, deve publicar hoje uma portaria autorizando o uso da Força Nacional de Segurança, com 1.200 homens, para ajudar a combater o fogo (Ueslei Marcelino/Reuters)

Amazônia: ministro da Justiça, Sergio Moro, deve publicar hoje uma portaria autorizando o uso da Força Nacional de Segurança, com 1.200 homens, para ajudar a combater o fogo (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de agosto de 2019 às 09h53.

Última atualização em 26 de agosto de 2019 às 15h19.

Briarritz — O G7, grupo de países mais ricos do mundo, decidiu nesta segunda-feira, 26, desbloquear uma ajuda de urgência de US$ 20 milhões, o equivalente a cerca de R$ 83 milhões, para combater os incêndios florestais na Amazônia. A verba será usada principalmente para o envio de aviões para apagar o fogo na região, anunciaram os presidentes da França, Emmanuel Macron, e do Chile, Sebastián Piñera.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que considera "excelente" e "muito bem-vinda" a ajuda financeira oferecida pelo G-7 para combate aos incêndios na Amazônia, de cerca de R$ 83 milhões, após ter sido questionado por jornalistas, depois de ter feito uma apresentação em evento do Secovi-SP.

Salles, contudo, aproveitou a pergunta para lembrar que o Brasil tem um crédito de US$ 2,5 bilhões para receber, referente a uma fatura do Protocolo de Kyoto.

"Acho excelente a medida, muito bem-vinda, e queria aproveitar, inclusive, e lembrar que desde 2005 o Brasil tem cerca de 250 milhões de toneladas de gás carbono, do MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), para receber, o que gera receita de US$ 2,5 bilhões. Essa é uma medida que nós instigamos os países, para que nos ajude a quitar essa fatura do Protocolo de Kyoto, um crédito de US$ 2,5 bilhões seria muito bem-vindo", disse.

Salles disse que quem vai decidir como usar os recursos para o Brasil serão o povo e o governo brasileiros.

Quando questionado sobre se o governo faz alguma autocrítica em relação à questão da Amazônia, o ministro ressaltou que a quantidade de queimadas tem oscilado ano a ano. "Neste ano aumentou muito, infelizmente, com o clima seco e o tempo quente. No ano passado e retrasado foram menores e em 2016 tivemos números próximos ao deste ano. A série histórica oscila de acordo com o clima e o tempo", disse.

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