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Aids mata em média 8 pessoas por dia no estado de São Paulo

Doença matou mais de 3 mil pessoas no estado em 2010; mortalidade caiu 67% em 15 anos

O estado de São Paulo tem 100 mil pessoas com aids (Stock.Xchange)

O estado de São Paulo tem 100 mil pessoas com aids (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2011 às 13h01.

São Paulo - A aids matou em média 8,6 pessoas por dia no estado de São Paulo em 2010, segundo dados do boletim epidemiológico do Programa Estadual de DST/Aids, divulgado hoje na capital paulista.

Em todo o ano de 2010, a doença matou 3.141 pessoas, o que representa uma taxa de mortalidade de 7,6 por 100 mil habitantes. Em 2009, esse índice havia ficado em 7,9.

“Apesar das importantes reduções, temos ainda quase 9 mortes por dia, o que é um número bastante significativo”, ressaltou Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids. Com relação ao auge da doença, em 1995, quando houve 7.739 óbitos, a taxa de mortalidade caiu 67% no estado.

Os dados mostram também que, apesar da redução no número absoluto de casos, a proporção de infecções em homens que fazem sexo com homens cresceu 52,4% entre 2000 e 2010. Entre os heterossexuais o aumento foi de 30,5%, enquanto entre os usuários de drogas injetáveis houve queda de 73,2%.

O número absoluto de pessoas com o vírus caiu pela metade na última década. A proporção de casos masculinos e femininos permaneceu estável, com dois homens infectados para cada mulher. A faixa etária predominante dos casos da doença é a de 30 a 39 anos, com incidência de 32 por 100 mil habitantes. “Além disso, a aids ainda é a doença que mata mais pessoas entre 35 e 44 anos no estado de São Paulo”, comentou Maria Clara.

Desde o início da epidemia, em 1980, até junho deste ano foram registrados 212.271 casos de aids em todo o estado. Atualmente existem cerca de 100 mil pessoas em tratamento, sendo que cerca de 75 mil recebem o coquetel anti-aids gratuitamente do Sistema Único de Saúde (SUS). “Existem casos em que a incidência do vírus é baixa e a medicação não é necessária. Nessas situações fazemos um acompanhamento, o paciente refaz os exames a cada três meses”, explicou a coordenadora.

“Acreditamos que a prevenção e a detecção precoce são as melhores maneiras de combater a epidemia. Quanto antes a pessoa descobre que está com o vírus, maiores são as chances de ela levar uma vida estável”, disse Maria Clara.

O exame que detecta o vírus HIV está disponível no SUS durante todo o ano. Para saber onde realizá-lo os interessados podem entrar em contato com o Programa Estadual de DST/Aids no 0800-162550.

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