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Água do Tietê fica preta e assusta moradores de Salto

Também foi registrada a morte de uma quantidade ainda não calculada de peixes na região.


	Rio Tietê em Salto: foi registrada a morte de uma quantidade ainda não calculada de peixes na região
 (Miguel Schincarol/Agência Perspectiva)

Rio Tietê em Salto: foi registrada a morte de uma quantidade ainda não calculada de peixes na região (Miguel Schincarol/Agência Perspectiva)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2014 às 21h01.

Araçatuba - A água do Rio Tietê ficou preta e pastosa na manhã desta quinta-feira, 27, e assustou os moradores de Salto, no interior de São Paulo. Também foi registrada a morte de uma quantidade ainda não calculada de peixes na região.

"Parecia petróleo, tamanha a solidez da água, mas eram materiais particulados (sólidos em suspensão), que reduziram o nível de oxigenação e mataram os peixes", afirmou o secretário de Meio Ambiente de Salto, João De Conti Neto.

Segundo ele, a poluição foi causada por materiais sólidos, acomodados no fundo do rio, que se soltaram e foram arrastados pelas chuvas, causando o fenômeno.

No entanto, havia a suspeita de que a abertura de comportas de barragens tenha causado a suspensão dos materiais e levado uma grande quantidade de sujeira rio abaixo - elas teriam sido abertas para evitar inundação em São Paulo, distante 80 km de Salto.

As comportas seriam das barragens de Santana de Parnaíba e de Pirapora do Bom Jesus, administradas pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE).

A última vez que um fenômeno semelhante aconteceu foi há 12 anos. Na época, o Ministério Público aplicou multa na EMAE, cujos recursos foram usados em uma cooperativa de reciclagem de materiais.

Outro lado

A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) informou que a mudança da cor da água é um fenômeno natural, causado pelas fortes chuvas "que promoveram o carregamento de resíduos dispostos no solo, em corpos d’água afluentes e no próprio leito do rio pela correnteza".

Segundo a companhia, é um processo recorrente quando há chuvas intensas, especialmente após períodos de estiagem. Já a EMAE afirmou que "a operação das barragens sob sua responsabilidade é feita de acordo com as regras vigentes para o controle das vazões".

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