Rio Paraopeba: indígena observa rio após rejeitos atingirem as águas (Adriano Machado/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 14h21.
As secretarias estaduais de Saúde, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais informaram que a água do Rio Paraopeba apresenta riscos à saúde humana e animal.
Os resultados iniciais do monitoramento feito pelo governo mineiro, após o rompimento da Barragem B1, Mina do Feijão, em Brumadinho, mostra os riscos.
Com isso, por questão de segurança, até que a situação seja normalizada, as pastas não recomendam a utilização da água bruta do Rio Paraopeba para qualquer finalidade.
Embora o contato eventual com a água não cause risco de morte, as secretarias alertam que deve ser respeitada uma área de 100 metros das margens.
Os bombeiros, que têm trabalhado em contato mais direto com o solo, conforme a Secretaria de Saúde, precisam utilizar todos os equipamentos de segurança.
Para atender à população, o governo de Minas Gerais determinou que a Vale forneça água potável às comunidades atingidas.
Junto com essa medida, a empresa suspendeu a necessidade de emissão de outorga para a perfuração de poços artesianos.
Em outra frente, servidores da Secretaria de Agricultura estão percorrendo 20 municípios da região para recomendar que a água dos rios locais não seja utilizada.
O governo de Minas recomendou ainda que qualquer pessoa que tenha tido contato com a água bruta do Rio Paraopeba, depois da chegada da pluma de rejeitos, ou ingerido alimentos que também tiveram esse contato, e apresentar náuseas, vômitos, coceira, diarreia, tonteira ou outros sintomas deve procurar a unidade de saúde mais próxima.
A orientação é para a área que vai desde a confluência do Rio Paraopeba com o Córrego Ferro-Carvão até Pará de Minas.
Segundo o governo, no município de Pará de Minas há outro manancial que serve de alternativa para o abastecimento da cidade.