Protestos: imagens podem servir para identificar e enquadrar criminalmente as pessoas responsáveis pela depredação (Victor Moriyama/GETTY IMAGES/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de maio de 2017 às 16h37.
Última atualização em 25 de maio de 2017 às 16h38.
Brasília - A Advocacia-Geral da União (AGU) vai enviar ofício a todos os ministérios solicitando que as pastas enviem um balanço, com cálculo estimado dos prejuízos causados durante a manifestação de ontem na Esplanada, em Brasília.
Depois de revogar o decreto que instituiu o uso das Forças Armadas para a Garantia da Lei e de Ordem (LDO), o presidente Michel Temer determinou que a AGU fizesse o trabalho de levantar os danos ao erário.
Somente depois que tiver todo o levantamento das pastas é que a AGU irá ajuizar ação que vai cobrar o ressarcimento aos cofres públicos contra os organizadores, ou seja, as centrais sindicais.
Ainda não há uma definição de onde será protocolada a ação, mas provavelmente, segundo fontes da AGU, será na Justiça Federal em Brasília.
Não há informação se a AGU determinará um prazo para que os ministérios entreguem seus levantamentos.
Apesar disso, o governo tem pressa e quer dar uma resposta o quanto antes aos protestos e, principalmente, mostrar que a escalada da violência nos atos de ontem justificaram a medida de decretar o uso das Forças Armadas.
A decisão de Temer foi alvo de críticas e causou uma série de reações negativas no Congresso.
Ontem à noite, o Palácio do Planalto já havia pedido que os ministérios compilassem e reunissem imagens das câmeras de segurança mostrando os estragos para ajudar a defender a decisão de invocação das tropas militares.
Essas imagens podem servir também para identificar e enquadrar criminalmente as pessoas responsáveis pela depredação.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, que anunciou oficialmente nesta manhã a revogação do decreto que autorizava o emprego das Forças Armadas em Brasília, disse que, além da AGU, a Polícia Federal será responsável pelas investigações para punir os culpados pelos atos de vandalismo.
"A desordem não será tolerada", disse.