Henrique Pizzolato: ex-diretor do Banco do Brasil que fugiu para a Itália é condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro no processo do mensalão (Antonio Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 8 de maio de 2018 às 19h33.
Última atualização em 8 de maio de 2018 às 19h34.
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu o bloqueio de R$ 580 mil em bens do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato para garantir a restituição dos prejuízos causados aos cofres públicos com a extradição do empresário, que fugiu para a Itália depois de ser condenado.
O valor é referente a gastos com a contratação de escritório de advocacia italiano e honorários (R$ 392 mil), pagamento de diárias e passagens de advogados da União e representantes do Ministério da Justiça (R$ 60 mil) e com gastos da equipe da Polícia Federal com a extradição, incluindo passagem do próprio Pizzolato (R$127 mil).
A AGU argumentou que o Código de Processo Civil estabelece a obrigatoriedade da reparação quando ato ilícito causar dano ao patrimônio público e alertou que a Lei de Execuções Penais determina que é obrigação do condenado brasileiro cumprir com a sentença e apresentar comportamento disciplinado após condenação.
Segundo a Procuradoria-Regional da União da 2ª Região, que entrou com o pedido, os advogados brasileiros não têm capacidade de ajuizar ações na jurisdição italiana, por isso foi indispensável a contratação de escritório italiano. Além disso, o processo de extradição envolveu atuação de múltiplos órgãos e profissionais da AGU e do Ministério da Justiça.
Condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro no processo do mensalão, Pizzolato fugiu para a Itália, onde possui cidadania. Ele foi preso e teve de ser extraditado para o Brasil. Atualmente, Pizzolato está em regime de liberdade condicional.