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Agora são três as cidades amazonenses em calamidade

A cheia nos principais rios do estado afeta mais de 77 mil pessoas

A Defesa Civil no estado deve distribuir mais de 130 toneladas de cestas básicas, kits de higiene pessoal, medicamentos e material de limpeza (Divulgação)

A Defesa Civil no estado deve distribuir mais de 130 toneladas de cestas básicas, kits de higiene pessoal, medicamentos e material de limpeza (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2012 às 13h25.

Brasília - O município de Barreirinha, no Amazonas, decretou estado de calamidade pública por causa da cheia do Rio Negro. As cidades de Careiro da Várzea e Anamã estão na mesma situação. Além disso, 52 localidades estão em situação de emergência.

A cheia nos principais rios do estado afeta mais de 77 mil pessoas. Ontem (16), o Rio Negro alcançou o maior nível já registrado na história: 29,79 metros, 2 centímetros acima do verificado na cheia de 2009, até então considerada a mais intensa. Segundo o Serviço Geológico do Brasil, o nível do Rio Negro pode ultrapassar os 30 metros.

Em Careiro da Várzea, 95% do município estão alagados. Em Anamã, a cidade inteira está debaixo d'água. A população está sendo transferida para abrigos flutuantes, sustentados por boias. O hospital e outras unidades de saúde também estão funcionando em estruturas flutuantes.

“A nossa maior preocupação, agora, é com relação à moradia, onde colocar essas pessoas que não têm para onde ir”, disse a enfermeira Cláudia Galvão de Castro, da Secretaria de Saúde de Anamã.

A Defesa Civil no estado deve distribuir mais de 130 toneladas de cestas básicas, kits de higiene pessoal, medicamentos e material de limpeza. A Secretaria de Saúde está fazendo visitas às famílias atingidas pela cheia para orientar quanto à prevenção de doenças como hepatite e leptospirose.

Até agora, 200 pessoas foram identificadas com diarreia na capital, Manaus. As famílias também estão recebendo frascos de água sanitária e sendo orientadas sobre o uso do produto, destinado ao tratamento da água usada para as atividades domésticas. Mais de 3,7 mil frascos já foram entregues às famílias, nas zonas sul e oeste da capital.

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