Agente penitenciário: categoria reivindica a concessão de reajuste salarial de 20,64%, para repor perdas causadas pela inflação acumulada de 2007 a 2012, além de 5% de aumento real (Antonio Milena/ Veja)
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2014 às 14h23.
Fernanda Cruz - Cerca de 200 agentes penitenciários protestam neste momento na Praça Vinícius de Moraes, próximo ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, segundo a Polícia Militar (PM). O ato é pacífico e não interdita vias, segundo a PM. Parados há nove dias, os grevistas esperam ser recebidos por representantes do governo.
A categoria reivindica, entre outras melhorias, a concessão de reajuste salarial de 20,64%, para repor perdas causadas pela inflação acumulada de 2007 a 2012, além de 5% de aumento real.
Em nota divulgada hoje (18), o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp) estima que 28,5 mil servidores, de um total de 30 mil trabalhadores em todo o estado, tenham aderido à greve. Das 158 unidades prisionais espalhadas pelo estado, 150 foram afetadas, informou o Sindasp.
Balanço feito pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) estima que os serviços estejam paralisados em 88 das 158 unidades do estado.
Uma liminar concedida pela Justiça impede que os agentes adotem medidas no sentido de impedir o transporte de detentos para audiências e julgamentos e a transferência de presos entre unidades, inclusive aquelas em caso de progressão de regime. A decisão proíbe também qualquer ato que dificulte o pleno exercício dos direitos da população carcerária, em especial o direito de visita.
De acordo com a SAP, o governo do estado “mantém diálogo permanentemente com a categoria e espera que a decisão judicial seja cumprida integralmente pelos sindicatos, para que os direitos da população carcerária não sejam prejudicados”.