(Longhua Liao/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de abril de 2021 às 15h40.
Última atualização em 14 de abril de 2021 às 16h10.
Um erro de comunicação da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo fez com que agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) acabassem furando a fila da vacinação do novo coronavírus na capital paulista. Fora do público-alvo, um grupo de servidores chegou a receber a primeira dose do imunizante na terça-feira, 13, antes de o equívoco ser corrigido.
Segundo o sindicato da categoria, o Sindviários, o problema começou após o recebimento de um e-mail oficial avisando que a vacina contra a covid-19 estava liberada. De acordo com o comunicado, bastaria o agente da CET apresentar o crachá em alguma unidade básica de saúde para receber a primeira dose.
A gestão Bruno Covas (PSDB), no entanto, admite que o aviso foi disparado com erro. Na verdade, os funcionários da companhia estão autorizados a receber a vacina contra a influenza (gripe) a partir desta quarta-feira, 14. "Uma nova mensagem, corrigida, foi enviada na sequência", diz a prefeitura, em nota.
O número de pessoas imunizadas por causa do equívoco não foi informado pelo governo. Segundo a prefeitura, todos os agentes vacinados contra a covid vão receber a segunda dose garantida para completar a imunização. O caso foi revelado pela TV Globo.
Iniciada em 19 de janeiro deste ano, a campanha de vacinação contra covid na cidade de São Paulo é direcionada para grupos prioritários em diferentes etapas. Não é necessário agendamento para tomar a vacina, desde que a pessoa esteja dentro do grupo a receber a imunização.
Neste momento, os grupos prioritários são: professores e profissionais de educação, profissionais de saúde, pessoas em situação de rua, funcionários de cemitérios e idosos com 67 anos ou mais. "Com relação à vacina contra covid-19, a ampliação de novas categorias está atrelada à disponibilização de novas remessas de doses, conforme as diretrizes dos Programas Nacional e Estadual de Imunização", diz a gestão Covas.
Em seu site, o Sindviários publicou nota criticando o episódio. Intitulado "Vacinação Covid-19 — Atraso e Bagunça", o texto afirma que a sensação é de "falta de respeito com a saúde física e mental de nossa categoria em um momento de acúmulo de tensões."
"O alívio se tornou aflição com a informação de que tudo não passou de um equívoco da Secretaria de Saúde da cidade de São Paulo", diz o sindicato, ao narrar o episódio. "O comunicado equivocado vem em péssima hora, afinal, trabalhadoras e trabalhadores que estão na linha de frente da linha de trabalho na cidade e em constante exposição ao vírus estão apreensivos."
O sindicato afirma, ainda, que "pressiona constantemente a CET e a Secretaria de Saúde" para incluir a categoria entre os grupos prioritários do programa de vacinação.