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Agenda de Rose relata encontros com BB e Previ, diz revista

Revista Veja obtém agenda de ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, acusada de integrar uma quadrilha especializada em fraudar pareceres


	O presidente do BB Aldemir Bendini: intercessão de Rose junto a Lula para escolha
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O presidente do BB Aldemir Bendini: intercessão de Rose junto a Lula para escolha (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2013 às 13h54.

São Paulo – Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo investigada pela Polícia Federal, se reunia com representantes de entidades estatais como Banco do Brasil e o fundo de pensão Previ, mostra reportagem da revista Veja que chegou às bancas neste sábado. A agenda de Rose, como era conhecida, foi obtida por Veja e, segundo a revista, a ex-chefe do escritório da Presidência usava seu prestígio junto ao ex-presidente Lula para influir em questões como quem deveria ser escolhido para ocupar os cargos de direção das estatais.

Rose foi acusada de integrar uma quadrilha especializada em fraudar pareceres oficiais para beneficiar empresários. De acordo com Veja, sua agenda mostra, porém, que ela não atuou apenas junto ao setor privado, mas também junto a grandes estatais. O texto cita o Banco do Brasil, a Previ (fundo de pensão dos funcionários do BB) e a Funcef (fundo de pensão dos funcionários da Caixa).

Em relação ao BB, a agenda mostra que entre 2007 e 2010 Rose se reuniu 39 vezes com pessoas que ocupavam postos importantes na hierarquia do banco, sendo 28 delas com vice-presidentes, diz a revista. Segundo a reportagem, Rose chegou a interceder junto a Lula por dois candidatos à presidência do BB em 2009: Aldemir Bendine, que foi o escolhido, e Ricardo Flores, que por certo tempo comandou a Previ, como compensação por não ter sido escolhido para a presidência do banco.

Em troca, Rose recebia benesses do banco. A investigação da PF já havia revelado, diz o texto, um contrato de 1,2 milhão de reais feito sem licitação entre o BB e uma empresa registrada em nome de parentes de Rose. A agenda mostra ainda, segundo a revista, que na mesma época em que esse contrato era negociado, Rose teve reuniões no gabinete da Presidência com funcionários do banco encarregados da mesma área que havia feito o contrato.

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