Aeroporto de Viracopos, em Campinas: investimentos até outubro atingiram apenas 36% do previsto para 2012. Infraero se diz confiante de chegar a 100% em dois meses (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 18h27.
São Paulo – Apesar da proximidade da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014, os investimentos nos aeroportos brasileiros ainda não deslanchou. Até o fim de outubro, a Infraero havia investido apenas 787 milhões dos 2 bilhões autorizados pelo orçamento para 2012. Ou seja, conseguiu gastar somente 39,1% do que tinha disponível. Considerando apenas os aeroportos das 12 cidades-sede, a baixa execução é ainda mais preocupante: 441 milhões nos 10 primeiros meses, 36,7% dos 1,2 bilhão de reais previsto para 2012. O levantamento foi feito pela ONG Contas Abertas com dados do Ministério do Planejamento.
Mesmo diante dos números ruins, a Infraero não desanimou. Em resposta, a empresa disse que “pretende executar integralmente o orçamento aprovado e revisado” até o fim de dezembro.
“Nos primeiros meses do ano, ocorreram atrasos em obras decorrentes de problemas climáticos e no processo de contratação. Estes atrasos deverão ser compensados nos próximos meses”, disse a Infraero em nota.
Há casos particularmente sérios. No Rio de Janeiro, os investimentos previstos para os aeroportos de Santos Dumont e Galeão, por exemplo, ficaram em apenas 18,6% até outubro. A empresa teria, assim, que executar 80% do orçamento previsto em novembro e dezembro.
Os números referem-se ao investimento público, mas três dos mais importantes terminais aeroportuários do país – os de Guarulhos, Campinas e Brasília – foram concedidos à iniciativa privada no início do ano, com a Infraero mantendo 49% de participação em cada um deles.
Resta esperar que nestes aeroportos - que representam, segundo a ANAC, um terço do movimento total de passageiros e dois terços dos passageiros internacionais – os investimentos andem mais rápido até a Copa.
É esperado que Confins (Belo Horizonte) e Galeão também sejam incluídos em uma nova etapa de concessões, que deve ser anunciada ainda antes do Natal, segundo informou a presidente Dilma Rousseff nesta semana.