Papa Francisco: o ministro de Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, disse estar convencido de que não haverá inconvenientes no aeroporto do Galeão. (Giampiero Sposito/Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2013 às 14h45.
Brasília - O Rio de Janeiro receberá por via aérea para a visita do papa Francisco cerca de 500.000 visitantes, calculou nesta quinta-feira o ministro de Aviação Civil, Wellington Moreira Franco.
O pontífice argentino estará na cidade entre 22 e 28 de julho para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), um evento que deverá atrair cerca de três milhões de pessoas.
Moreira Franco disse a correspondentes estrangeiros que, desse total, 500 mil chegarão por via aérea, o que representa um desafio logístico" para as autoridades, sobretudo porque o Aeroporto Internacional Tom Jobim está em obras para a Copa do Mundo de 2014.
Segundo Moreira Franco, está se fazendo um grande esforço para concluir muitas dessas obras e garantir um bom atendimento aos turistas que vierem para a JMJ. O ministro se referiu especificamente as reformas para aumentar o número de banheiros, melhorar as escadas rolantes e a área de recolhimento das bagagens.
Embora o tempo pressione, Moreira Franco disse estar convencido de que não haverá inconvenientes no aeroporto do Galeão, por onde circulam 14 milhões de passageiros ao ano e 38.400 por dia.
"Nos grandes eventos as coisas fluirão", assegurou o ministro em referência à visita do papa Francisco e à Copa, quando o Brasil deverá receber 600 mil turistas estrangeiros.
No entanto, Moreira Franco disse que "o verdadeiro problema" é garantir um bom serviço aeroportuário para o "dia a dia dos brasileiros" que sofrem com uma infraestrutura obsoleta.
Para resolver a questão, o ministro citou um plano de modernização do setor aeroportuário anunciado em dezembro de 2012 pela presidente Dilma Rouseff, que prevê investimentos de R$ 7,3 bilhões em 270 dos 689 aeroportos do país.
As medidas de modernização incluem além disso a concessão ao setor privado de alguns dos principais aeroportos do país, entre os quais se incluem o próprio Galeão e o Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, que serão licitados entre empresas nacionais e estrangeiras em setembro.
Moreira Franco disse que o regime de concessões ao setor privado prova que o Brasil "superou o conflito ideológico entre os que achavam que a privatização era o caminho rumo ao "céu" e os "ideais jurássicos" de quem se negava a associar o Estado à iniciativa privada.
"Devemos aumentar nossa taxa de investimento e para isso precisamos contar com o setor privado", opinou.
O ministro também disse que "se o setor público não é capaz de oferecer um bom serviço aos passageiros, deve-se atrair os melhores operadores internacionais de aeroportos", o que se pretende conseguir mediante o novo regime de concessões, que permitirá o "salto de qualidade necessário" na aviação civil brasileira.