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Aeroporto em São Bernardo do Campo terá foco em carga

Construção de um aeroporto na região deve custar R$ 6 bilhões à iniciativa privada


	Avião decolando: aeroporto ocupará uma área de 16 milhões de metros quadrados às margens do Rodoanel
 (Sara Haj-Hassan)

Avião decolando: aeroporto ocupará uma área de 16 milhões de metros quadrados às margens do Rodoanel (Sara Haj-Hassan)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 18h15.

Brasília - A construção de um aeroporto para transporte de carga e jatos particulares em São Bernardo de Campo, na região metropolitana de São Paulo, deve custar R$ 6 bilhões à iniciativa privada.

O valor foi apresentado nesta terça-feira, 16, ao ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, pelo prefeito da cidade, Luiz Marinho (PT).

"Esse projeto é eminentemente privado, sem nenhum recurso público", disse o prefeito ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, ao final de reunião com o ministro.

O estudo técnico do aeroporto deve ser concluído até sexta-feira, 19, e será apresentado ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão subordinado ao Ministério da Defesa e ao Comando da Aeronáutica, responsável por autorizar a construção de terminais aeroportuários.

"Vamos dar entrada no Decea nos próximos dez dias", afirma.

O aeroporto ocupará uma área de 16 milhões de metros quadrados às margens do Rodoanel, eixo rodoviário que interliga estradas paulistas rumo ao interior e ao Porto de Santos.

A área construída, contudo, será de 1 milhão de metros quadrados. A expectativa é de que depois da autorização do Decea a construção do aeroporto demore de quatro a cinco anos.

O prefeito relatou que uma empresa conseguiu uma autorização de direito minerário do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) no local, o que exigiu mudanças no projeto.

Segundo Marinho, porém, o imprevisto não deve atrapalhar o cronograma de obras, mesmo com a mudança de parte do projeto para terrenos adjacentes à área pretendida para o aeroporto.

O terminal pretende se concentrar como principal polo de movimentação de carga aérea de São Paulo, de acordo com o prefeito de São Bernardo, rivalizando com o aeroporto de Viracopos, em Campinas.

O terminal será operado por um consórcio de três empresas, incluindo companhias controladores das concessões de Viracopos e Guarulhos. O prefeito, contudo, disse que não revela os nomes das empresas até que o projeto esteja concluído e aprovado.

O projeto está sendo executado por uma empresa dos Estados Unidos, contratada por uma das companhias do consórcio.

A prefeitura negocia também a construção de terminais de cargas pelas empresas Fedex e DHL.

Entre os atrativos apresentados para atrair os investidores, Marinho tem dito que o aeroporto de São Bernardo servirá de entreposto para as plataformas de exploração do pré-sal na Bacia de Santos.

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