Aeroporto: o reajuste seria parcelado por faixas salariais (Thinkstock/gyn9038)
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 08h36.
São Paulo - As companhias aéreas fizeram proposta de reajuste de 11 por cento nos salários de aeroviários e aeronautas, abandonando proposta anterior de reajuste zero para as categorias, que aprovaram mais cedo neste mês "estado de greve".
A proposta, contudo, foi rejeitada em assembleias por prever parcelamento do reajuste.
Em reunião na sexta-feira no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, as empresas aéreas apresentaram a proposta de 11 por cento de reajuste, valor arredondado do INPC da data-base das categorias, 1º de dezembro, que fechou em 10,97 por cento, segundo comunicado da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT (Fentac/CUT).
Porém, o reajuste seria parcelado por faixas salariais. Salários até 1.500 reais, por exemplo, teriam 5,5 por cento de reajuste em fevereiro e 5,5 por cento em junho. Salários de 1.500 a 10 mil reais teriam 2 por cento de reajuste em fevereiro, 3 por cento em junho e 6 por cento em novembro.
Os aeronautas e aeroviários em campanha salarial, representados pela Fentac/CUT, reprovaram a proposta em assembleias na sexta-feira. "As categorias concordam com os 11 por cento nos salários e nos demais itens econômicos, mas desde que seja retroativo à data-base, 1º de dezembro".
Nova negociação entre a Fentac, sindicatos filiados e o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas, que representa as companhias TAM, Gol, Avianca e Azul, ocorre na quarta-feira.
A convocação de assembleias para a próxima sexta-feira também foi aprovada por pilotos, comissários e os aeroviários de Guarulhos, Porto Alegre, Recife, Campinas e nas bases do Sindicato Nacional dos Aeroviários. Segundo comunicado da Fentac, as assembleias "poderão aprovar uma paralisação nacional nos aeroportos".
Estão em campanha na base da Fentac 70 mil trabalhadores na aviação civil regular.
Texto atualizado às 9h36.