"Na minha opinião é responsabilidade do Congresso discuti-la (reforma política). Eu gostaria de ver aceita (pela população) por um referendo", disse o presidente do PSDB, Aécio Neves (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2013 às 23h29.
São Paulo - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), rebateu na noite desta segunda-feira as declarações da presidente Dilma Rousseff (PT) de que seu governo não é "padrão Fifa", mas sim "padrão Felipão", em referência ao técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, que venceu ontem a Copa das Confederações.
"Este é um governo que acostumou-se a pegar carona nas boas coisas, agora no êxito da seleção. O que acho é que é um governo paquidérmico, um governo que não cabe dentro de si. Se o Felipão tivesse um governo padrão PT, não poderia escalar 11, ia escalar 39 jogadores", rebateu o tucano, em referência ao número de ministérios no governo de Dilma.
Após palestra proferida na sede da Sociedade Rural Brasileira, na região central de São Paulo, Aécio afirmou que é um "direito" da presidente enviar a proposta de plebiscito ao Congresso amanhã, conforme anunciado pela presidente. Ele, no entanto, criticou a proposta, dizendo que ela é uma tentativa de desviar a atenção dos problemas reais da população.
"Na minha opinião é responsabilidade do Congresso discuti-la (reforma política). Eu gostaria de ver aceita (pela população) por um referendo", disse o tucano.
Segundo Aécio, a reforma não saiu nos 10 anos de governo petista devido à "falta de coragem política" da atual presidente e de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. "A reforma política não saiu nesses 10 anos de PT porque faltou coragem política para enfrentar contenciosos dentro da sua própria base.
Algumas das medidas necessárias para a reforma política passavam pela extinção de partidos que não tinham representação popular, que não tinham representação na sociedade. Mas sempre que algum desses partidos era um aliado do governo, essa reforma era adiada. Infelizmente ao governo do PT tem faltado coragem para fazer as grandes reformas".