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Aécio quer emplacar aliados no Senado e no governo

No tabuleiro montado, de olho na disputa presidencial de 2018, devem ser contemplados em postos de destaque nomes de peso do partido

Aécio: fora do núcleo do Senado, Aécio Neves também tenta emplacar o deputado Antônio Imbassahy (Ueslei Marcelino/Reuters)

Aécio: fora do núcleo do Senado, Aécio Neves também tenta emplacar o deputado Antônio Imbassahy (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 16h07.

Após conseguir estender o mandato na presidência do PSDB por mais um ano, o senador Aécio Neves (MG) trabalha para emplacar aliados em postos estratégicos no Senado e na cúpula do governo federal.

No tabuleiro montado, de olho na disputa presidencial de 2018, devem ser contemplados em postos de destaque nomes de peso do partido, como o atual líder do Senado, Cássio Cunha Lima (PB), o vice-presidente da legenda e senador Tasso Jereissati (CE), o ex-líder do Senado Paulo Bauer (SC) e o deputado federal Antônio Imbassahy (BA).

Todos fazem parte do núcleo mais próximo do senador mineiro, que trabalha internamente para ser o nome escolhido da legenda para a próxima corrida pela presidência da República. Também estão no páreo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ministro de Relações Exteriores, José Serra.

Nas discussões realizadas com o líder do PMDB do Senado, Eunício Oliveira (CE), em campanha à presidência da Casa, o PSDB informou que, com base no tamanho da bancada, pretende ficar com a primeira vice-presidência e com o comando da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O colegiado é considerado como o segundo mais importante atrás da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que deverá ficar com um integrante da bancada do PMDB.

"O meu nome tem sido lembrado para a vice-presidência, mas vamos decidir isso de forma colegiada, no final deste mês", afirmou à reportagem Cássio Cunha Lima, que voltou ao mandato no último dia 5 de janeiro, após um período de afastamento.

No lugar dele, na liderança, deve ser indicado o senador Paulo Bauer (SC), que assumiu interinamente o posto durante a ausência de Cunha Lima. "Em algumas conversas feitas isoladamente, eu fui consultado sobre a possibilidade de ser líder, mas sem que isso signifique uma candidatura ou um pleito. Se o meu nome tiver consenso e apoio do pessoal, não tenho nenhum problema em continuar cumprindo a missão", ressaltou Bauer.

Para o comando da CAE, que atualmente está nas do PT, o nome mais cotado tem sido de Tasso Jereissati.

Além dos três senadores, ligados a Aécio Neves, o grupo também conta a participação do atual líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), que integrou a chapa presidencial do senador mineiro em 2014, como vice.

Fora do núcleo do Senado, Aécio Neves também tenta emplacar o deputado Antônio Imbassahy (BA) na Secretaria do Governo, pasta responsável pela articulação do Palácio do Planalto com o Congresso.

O nome do deputado deve ser confirmado pelo presidente Michel Temer apenas após a eleição para a presidência da Câmara, prevista para o próximo dia 2 de fevereiro.

Aécio e Temer se reúnem na tarde desta quarta-feira, 11, no Palácio do Planalto. É a primeira conversa, realizada pessoalmente, neste ano.

Recondução

As articulações para emplacar aliados em postos estratégicos ocorrem menos de um mês de Aécio conseguir costurar uma maioria dentro da Executiva Nacional do PSDB para se manter no comando da legenda por mais um ano.

O mandato dele expiraria em maio deste ano, mas com a decisão do colegiado, ocorrida no último dia 15 de dezembro, ele irá se estender até o início de 2018.

Na ocasião, já deverá estar em curso a campanha presidencial. A decisão foi tomada após um acordo entre o senador e o chanceler José Serra e desagradou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

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