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Aécio promete colocar inflação no centro da meta em 4 anos

"Vamos chegar ao final do nosso mandato com a inflação no centro da meta, a partir daí vamos diminuir as bandas de tolerância", disse candidato


	Aécio Neves: economistas preveem que inflação feche o ano em 6,26%, próxima do teto da meta
 (AFP/Getty Images)

Aécio Neves: economistas preveem que inflação feche o ano em 6,26%, próxima do teto da meta (AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2014 às 07h02.

São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, prometeu nesta segunda-feira colocar a inflação oficial no centro da meta ao término de quatro anos de governo, se eleito, e defendeu, para um futuro não especificado por ele, uma redução da meta atual, que é de 4,5 por cento ao ano.

Em entrevista ao Jornal das Dez, da GloboNews, o tucano defendeu ainda a redução do intervalo de tolerância da meta de inflação, atualmente em dois pontos para cima e para baixo.

"Nós não vamos, e eu tenho sido sempre muito franco, conseguir alcançar o centro da meta em um ano de governo", admitiu. "Mas vamos chegar ao final do nosso mandato com a inflação no centro da meta, a partir daí vamos diminuir as bandas de tolerância, que me parecem excessivamente largas, para encaminharmos para a redução do centro da meta para o futuro", comentou o candidato, sem dar mais detalhes.

A inflação em 12 meses medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o medidor oficial do governo, tem rodeado o teto da meta, ocasionalmente ultrapassando-o. Em julho, a inflação pelo IPCA em 12 meses ficou em 6,50 por cento, exatamente no teto da meta.

Pesquisa feita pelo Banco Central junto a economistas de instituições financeiras divulgada nesta segunda-feira mostrou expectativa de que a inflação medida pelo IPCA feche este ano em 6,26 por cento, também próxima do teto da meta. Aécio disse ainda que seu "grupo político" é mais capaz que o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, de gerar confiança junto ao mercado financeiro e criar um clima de estabilidade na economia.

Ele voltou a criticar a política do governo Dilma de desonerações setoriais que, na avaliação dele, não ajudou nem o Brasil nem os setores beneficiados.

O tucano, no entanto, reconheceu que não será possível "desmontar" essas desonerações do "dia para a noite", mas também não detalhou como essa política poderia ser descontinuada.

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