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Aécio Neves defende restrição a partidos políticos

Senador afirmou que, se eleito, trabalhará pelo voto distrital misto, pelo fim das coligações proporcionais e pelo fim da reeleição


	Aécio Neves: senador disse que a possibilidade de reeleição permite com que seja feito o uso da máquina para determinado candidato
 (Jose Cruz/ABr)

Aécio Neves: senador disse que a possibilidade de reeleição permite com que seja feito o uso da máquina para determinado candidato (Jose Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2014 às 23h00.

São Paulo - Depois de dizer que reduzirá o número de ministérios, o senador Aécio Neves, provável candidato do PSDB à Presidência, anunciou hoje mais uma medida que pretende tomar em seu "primeiro dia de governo" caso seja eleito. "Vou apresentar no primeiro dia de governo, de novo a proposta da cláusula de desempenho", afirmou, durante uma palestra da Grande Loja da Maçonaria de São Paulo, na capital paulista.

Aécio garantiu ainda que trabalhará pelo voto distrital misto, pelo fim das coligações proporcionais e pelo fim da reeleição, com a possibilidade de um mandato único de cinco anos.

O tucano criticou sua provável adversária no pleito de outubro a presidente Dilma Rousseff e disse que a possibilidade de reeleição permite com que seja feito o uso da máquina para determinado candidato. "Há mais um ano (a presidente) tem uma agenda de candidata", afirmou. O senador disse que são medidas difíceis, mas que precisam ser feitas. "Sei que não terei unanimidade nem dentro do meu partido."

Ele criticou ainda a portabilidade de mandatos políticos. Segundo Aécio, isso permitiu que os mandatos sejam usados como objetos comerciais. "Infelizmente mercantilizou-se como nunca a ação partidária no Brasil", disse Aécio,

Aécio afirmou ainda que a decisão do Supremo a favor da portabilidade permite que políticos criem partidos e negociem tempo de televisão. "Fazendo uma caricatura não muito distante da realidade. Hoje, agrupam-se 10 ou 15 deputados, criam um partido. O Fundo partidário eles dividem entre eles e o tempo de televisão eles vendem", afirmou.

Durante a palestra a maçons, o senador fez duras críticas ao atual modelo econômico do governo e reafirmou que tentará "reconquistar a credibilidade que o Brasil perdeu". Ele também citou a CPI da Petrobras, chamando-a se "tema do momento".

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