Aécio Neves: para senador mineiro, tema da estabilidade econômica vai estar presente nas eleições de outubro (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 15h49.
Brasília - Ao final da sessão solene do Congresso Nacional que celebrou os 20 anos do Plano Real, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) classificou o plano de estabilização da economia conduzido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como "o maior programa de distribuição de renda do Brasil".
De acordo com Aécio, o Plano Real tirou das costas do trabalhador o imposto inflacionário. "Foi o plano mais sólido de estabilidade econômica feito no mundo nos últimos 50 anos", disse Aécio, que deve disputar o Palácio do Planalto neste ano pelo PSDB.
Aécio deixou o Plenário do Senado Federal, onde aconteceu a solenidade, ironizando o fato de governistas e petistas não terem comparecido à cerimônia.
"Reconheço que o PT não se fez presente pelo constrangimento dos que acharam que o Plano Real era um estelionato eleitoral, porque não atendia os interesses da sua candidatura presidencial", disse o tucano.
Ele também afirmou que o PT foi o maior beneficiário do plano de estabilização econômica e que o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sucessor de FHC, teve contribuição do Plano Real.
"Não tivesse havido estabilidade econômica, não teria havido governo do ex-presidente Lula, com crescimento econômico", disse.
"Não tivesse havido a Lei de Responsabilidade Fiscal, não teríamos tido avanços na administração pública. Tudo isso aprovado com a oposição do PT".
Para o senador mineiro, que organizou o evento realizado nesta terça-feira no Congresso, o tema da estabilidade econômica vai estar presente nas eleições de outubro. "A inflação infelizmente voltou e as pessoas vão se lembrar lá atrás do esforço que o PSDB fez", disse.