Brasil

Aécio evita comentar crítica feita por Campos

Aécio instigou Campos ao citar que, quando governou Pernambuco, o socialista levou medidas adotadas pela gestão tucana em Minas Gerais


	Aécio Neves: ele citou meritocracia e sistema de avaliação de servidores que implementou em seu estado
 (George Gianni/Divulgação)

Aécio Neves: ele citou meritocracia e sistema de avaliação de servidores que implementou em seu estado (George Gianni/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2014 às 18h28.

Rio de Janeiro - Pré-candidato do PSDB à Presidência de República, o senador e ex-governador mineiro Aécio Neves disse nesta segunda-feira que não vai "perder tempo com indelicadezas", ao comentar críticas feitas pelo adversário Eduardo Campos, do PSB.

Aécio instigou Campos ao citar que, quando governou Pernambuco, o socialista levou medidas adotadas pela gestão tucana em Minas Gerais.

Em entrevista ao programa Supermanhã, da Rádio Jornal, de Pernambuco, Aécio foi questionado pelo comunicador Geraldo Freire sobre declaração de Campos, que teria sido feita em um jantar com amigos, de que gosta de trabalhar, insinuando que o tucano não gosta.

"A sua relação com Eduardo tem azedado com o passar dos tempos?", perguntou o radialista.

"Tenho ouvido algumas críticas do Eduardo. Da minha parte não mudou nada. As pesquisas eleitorais ou a candidatura presidencial não alteram meus valores e minhas amizades. Continuo tendo respeito pessoal e político pelo governador Eduardo Campos. Sua candidatura faz bem à democracia. Nós sempre a estimulamos, ao contrário do que fez o PT. Meu objetivo hoje vai muito além do que tratar de questões pessoais. Conduzo uma candidatura que tem por objetivo encerrar esse ciclo do PT que tão mal tem feito ao Brasil", afirmou o tucano.

"Não vou perder tempo com indelicadezas, tenho respeito pelo Eduardo, espero que ele possa fazer uma bela campanha, como fez um belo governo em Pernambuco", completou Aécio.

O apresentador perguntou quem fez o melhor governo, se Aécio em Minas Gerais ou Campos em Pernambuco.

Aécio citou a meritocracia e o sistema de avaliação de servidores que implementou em seu estado. Sistema semelhante foi levado por Campos para Pernambuco.

"Não dá para fazer comparações. Tenho orgulho de ver que Eduardo, em Pernambuco, se inspirou em algumas de nossas medidas em Minas Gerais e até aprimorou várias delas. Governar é buscar boas experiências e aprimorá-las. Em Minas, hoje, cem por cento dos servidores são avaliados por seu desempenho e recebem uma remuneração a mais se alcançam algumas metas, o que ocorre em algumas áreas de governo em Pernambuco. Pela avaliação da população, Eduardo fez um belo governo. Eduardo tem todas as credenciais para disputar essas eleições", respondeu o pré-candidato do PSDB.

Na pré-campanha, Campos tem citado o sistema de remuneração variável, paga de acordo com cumprimento de metas, que adotou em Pernambuco.

Aécio se disse "adversário histórico do PT" e insistiu na polarização entre petistas e tucanos na disputa presidencial, o que deixa a candidatura de Campos em segundo plano.

"Quem se dispõe a enfrentar o que nós enfrentamos - eu pessoalmente estou enfrentando, como adversário histórico do PT - sabe que teremos dificuldades. Não podemos dispersar energias com coisas que não têm a menor importância", disse o senador mineiro.

Disputa

Questionado sobre a disputa pelo governo pernambucano, Aécio disse que será mantido o apoio do PSDB ao PSB, apesar de os socialistas terem rompido com os tucanos em Minas Gerais e optado por candidatura própria.

Em Pernambuco, os tucanos prometem apoiar a candidatura do ex-secretário de Fazenda Paulo Câmara (PSB) a governador. Para o PSDB-PE, a aliança ajudará a eleger mais deputados tucanos.

"O entendimento de apoio à candidatura do ex-secretário da Fazenda foi conduzido pela direção local, do qual eu participei. Não tenho motivo para mudar meus compromissos, minha palavra foi dada. Essa, me parece, é a vontade majoritária dos companheiros do PSDB. Já existe essa parceria há algum tempo. Eu jamais sacrificaria companheiros do partido por uma candidatura à Presidência", afirmou.

Aécio prometeu, se eleito, criar um novo critério para reajuste dos aposentados que leve em conta o aumento do preço dos remédios. O tucano disse que "mais quatro anos do governo do PT será dramático para o Brasil".

Paternidade

O pré-candidato do PSDB falou à rádio, por telefone, da maternidade onde nasceram, na noite de sábado, seus filhos prematuros Julia e Bernardo.

Aécio estaria hoje em Recife, mas cancelou todos os compromissos para acompanhar a mulher, Letícia Weber, e os bebês, que continuam na UTI Neonatal da maternidade Perinatal, em Laranjeiras (zona sul).

"Vou ficar com minha esposa, acompanhando os primeiros dias de nossos filhos, que, se Deus quiser, vão sair bem dessa e crescer fortes e saudáveis", disse Aécio.

Letícia foi internada na Perinatal no dia 20 de maio, depois de sentir contrações, e estava em repouso no hospital.

Na noite de sábado, a equipe médica optou por fazer o parto, previsto para o início de agosto. Amanhã, o senador participa da convenção do PSDB-MG, em Belo Horizonte.

Acompanhe tudo sobre:aecio-nevesEduardo CamposEleiçõesEleições 2014GovernadoresPersonalidadesPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

O que muda com projeto que proíbe celulares nas escolas em São Paulo

Haddad se reúne com cúpula do Congresso e sinaliza pacote fiscal de R$ 25 bi a R$ 30 bi em 2025

Casos respiratórios graves apresentam alta no Rio e mais 9 estados