Aécio Neves: o senador mineiro foi tratado pelos concorrentes às prefeituras como candidato à presidência da República em 2014 (Buno Magalhães)
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2012 às 22h01.
Porto Alegre - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi cauteloso ao falar do uso do julgamento do mensalão na campanha política deste ano por adversários do PT, nesta segunda-feira, em Porto Alegre, onde gravou depoimentos de apoio para candidatos tucanos a dez prefeituras do Rio Grande do Sul. "Essa questão se coloca hoje como algo que paira sobre toda a classe política", afirmou.
"Eu tenho muito cuidado de utilizar ou fazer com que o mensalão seja o principal argumento contra as candidaturas do PT", prosseguiu, para sustentar que o partido tem argumentos mais fortes do que o julgamento daquele caso para apresentar ao eleitor. "É a nossa capacidade de gestão, é a nossa eficiência", enumerou.
Questionado pelos repórteres sobre a relutância que, segundo o presidente do PT, Rui Falcão, a candidatura de José Serra (PSDB) à prefeitura de São Paulo teria de usar o chamado "mensalão petista" para não ser provocado a explicar o "mensalão mineiro", Aécio sustentou que "todos os processos que estão sendo examinados devem ir a julgamento, cada um a seu tempo". Também disse esperar que, ao final, "os culpados sejam condenados e os inocentes inocentados".
O senador mineiro foi tratado pelos concorrentes às prefeituras como candidato à presidência da República em 2014 e falou a eles com o discurso de quem vai concorrer, embora, formalmente tenha dito que "é prematuro anteciparmos candidaturas".
Para Aécio, os brasileiros estão cansados do modelo de governo do PT, que teria colocado o Estado a serviço do projeto de poder do partido e, ao mesmo tempo, perdido as chances que teve de fazer as reformas necessárias ao País, como a fiscal e a do próprio Estado.
"Diferentemente dos grandes partidos de hoje, o nosso tem um projeto nacional que em pouco tempo haverá de confrontar-se com este que está aí", ressaltou, prevendo que caberá aos tucanos liderar a oposição para apresentar ao Brasil "um projeto melhor que esse que está em execução".