Aécio: "A presidente Dilma inicia o seu novo mandato cortando direitos trabalhistas e aumentando impostos" (Geraldo Magela/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 16h45.
Brasília - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), criticou nesta terça-feira, 20, as medidas anunciadas pela área econômica do governo e as classificou como "estelionato" eleitoral.
Segundo ele, integrantes da oposição irão se mobilizar para impedir no Congresso Nacional a aprovação de propostas que possam penalizar os trabalhadores.
"É inaceitável que medidas dessa magnitude, que afetarão a vida de milhões de famílias, sejam tomadas sem nenhum debate com a sociedade".
O posicionamento do tucano ocorre logo após a presidente Dilma Rousseff vetar a correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, aprovada no fim do ano passado pelo Congresso Nacional.
A decisão consta da sanção, com vários vetos, da Lei 13.097, que é resultado da aprovação da Medida Provisória 656.
"A presidente Dilma inicia o seu novo mandato cortando direitos trabalhistas e aumentando impostos. Com isso, trai os compromissos assumidos com a população durante a campanha eleitoral", diz o senador em nota.
"Na prática, isso significa que o governo está aumentando o imposto de renda a ser pago pelos brasileiros. O brasileiro tem sido a grande vítima da incompetência e das contradições do governo do PT".
Aécio também cita o apagão ocorrido nessa segunda, 19, em 10 estados e no Distrito Federal e o anúncio, no mesmo dia, pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de um pacote de aumento de impostos ao consumidor e às empresas dos setores de combustíveis, cosméticos e importadoras.
A iniciativa do governo visa elevar a arrecadação em R$ 20,6 bilhões, e tem como objetivo recuperar a confiança na economia e fechar as contas este ano.
"Ontem, o país foi vítima de um grande apagão de energia e surpreendido com o anúncio de aumentos de impostos. O pacote de medidas anunciado pelo governo aumentará o preço de combustível, cosméticos, produtos importados e operação de créditos. Trata-se de mais um exemplo do estelionato praticado na campanha eleitoral para reeleger a presidente", afirma Aécio.