Aécio Neves: "Governo que acha que pode acabar com a pobreza por decreto merece ser enfrentado e combatido", afirmou (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano)
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2013 às 14h40.
Goiânia - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi recebido nesta segunda-feira em Goiânia como candidato tucano à Presidência da República em 2014.
Ao chegar ao evento organizado pelo governador Marconi Perillo (PSDB-GO), sob os gritos "Brasil pra Frente, Aécio Presidente", Aécio tentou se desvencilhar de perguntas sobre sua possível candidatura, mas depois aderiu ao clima de campanha do partido.
A uma pergunta sobre se o nome dele já está na disputa, Aécio respondeu: "Na boca do povo".
Em rápida entrevista, ele mirou no governo federal. "O governo levou à bancarrota patrimônios públicos como a Petrobras", disse. "A Petrobras é uma demonstração clara do desgoverno e da perversidade nas empresas públicas", enfatizou.
Ele disse que o PSDB vai discutir nas próximas semanas os equívocos na estatal e afirmou ainda que o País assiste "passivamente ao desmonte da indústria e vê gargalos na infraestrutura".
Aécio criticou a presidente Dilma por, segundo ele, antecipar a campanha. "O governo tirou os olhos de 2013 e focou em 2014". O senador ainda criticou a política social do governo.
"Governo que acha que pode acabar com a pobreza por decreto merece ser enfrentado e combatido". A uma pergunta sobre a postura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB-PE), de se posicionar também como candidato, Aécio se limitou a dizer: "Todas as candidaturas são bem-vindas".
Indagado ainda sobre se sua campanha era sem volta, respondeu: "Será". Em seguida, no entanto, Aécio ponderou que pertence a um grupo e a um partido que irá "refrescar a memória sobre a bendita herança do governo Fernando Henrique" e outras gestões e iniciativas que, segundo ele, são exitosas do partido nos Estados.
O "Fórum Discutindo o Futuro de Goiás e do Brasil", organizado pelo diretório do partido em Goiás, sob a liderança do governador Marconi Perillo, é também uma tentativa de Perillo de recuperar espaço no partido depois de ter seu nome envolvido nas investigações da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que apurou esquema de jogos ilegais comandado por Carlinhos Cachoeira.
Perillo admitiu que só convidou o ex-governador de São Paulo José Serra, tido sempre como uma referência no partido, na noite de domingo (3). "Consegui falar com ele só à noite, ele agradeceu o convite, disse que não poderia vir e desejou boa sorte".