Senador Aécio Neves: o ex-ministro acusou o parlamentar mineiro de se beneficiar de uma construtora investigada pela operação lava jato (Carlos Becerra / AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2016 às 17h22.
Belo Horizonte - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) classificou como um "ataque" as declarações do ex-ministro Gilberto Carvalho ao jornal Folha de S. Paulo, de que o parlamentar mineiro é bancado pela construtora Andrade Gutierrez, investigada pela Polícia Federal dentro no âmbito da Operação Lava Jato.
"É uma figura de menor estatura. Não merece sequer a minha resposta. Na verdade, o PT, acuado como está, esse senhor mesmo, alvo de tantas denúncias, passou a atacar os adversários. Eu estou pronto para o ataque não é de hoje", afirmou, sem mencionar quais as denúncias contra o ministro.
Aécio esteve em Belo Horizonte nesta segunda-feira, 7, para participar de encontro com correligionários sobre a sucessão do prefeito Marcio Lacerda (PSB).
O senador afirmou estar acostumado ao embate com o PT. "Enfrento o PT há pelo menos duas décadas. Vocês aqui em Minas são testemunhas. Sei como agem. Sei o método que usam.
Vimos isso nas últimas eleições. Na verdade, o PT tenta voltar seus ataques para a oposição. Deveria cuidar de se defender na Justiça. Seja esse cidadão (Carvalho), e vários outros que estão sendo acusados de vários crimes", disse.
Depois de governarem Minas por doze anos, PSDB e aliados perderam a eleição de 2014 para o PT. No mesmo pleito, Aécio, que se candidatou à Presidência da República, foi derrotado por Dilma Rousseff (PT) no Estado. O senador governou o Estado por duas vezes no período.
Manifestações
Aécio afirmou ainda estar "programando" participar da manifestação contra a presidente Dilma Rousseff marcada para o próximo dia 13.
O senador, porém, disse que ainda não decidiu quais cidades pretende visitar na data, mas que deverá ir ao protesto que acontecerá na Praça da Liberdade em Belo Horizonte.
O senador criticou a possibilidade de realização de manifestação a favor do governo Dilma que partidos de esquerda e movimentos sociais cogitam marcar também para o dia 13. "Aí não é manifestação. É tentativa de confronto", afirmou.