Candidato à Presidência do PSDB, Aécio Neves, faz campanha no centro do Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2014 às 16h28.
Rio de Janeiro - Em mais um gesto de popularização de sua campanha, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, anunciou um programa social que prevê o pagamento de um salário mínimo para que jovens de 18 a 29 anos voltem as escolas para completar os ensinos fundamental e médio.
O tucano afirmou que há no Brasil cerca de 20 milhões de jovens com ensino médio e fundamental incompletos (11 milhões no fundamental e 9 milhões no médio) que precisam melhorar o nível de estudo para ter mais chances de ingressar no mercado de trabalho.
A ideia da bolsa de estudos é resgatar esses jovens ao longo de dez anos e usar recursos do pré-sal e do Plano Nacional de Educação.
"São brasileiros esquecidos do ponto de vista da educação e queremos resgatá-los e vamos buscar essas pessoas com o Estado pagando uma bolsa de um salário mínimo", disse ele a jornalistas antes de seguir para São Paulo, onde participará do debate na TV Bandeirantes.
"O trabalho desses jovens será estudar", acrescentou.
O programa foi batizado de Mutirão de Oportunidades e se assemelha ao programa Poupança Jovem criado pelo tucano em Minas Gerais para diminuir a evasão escolar no Estado, com 120 mil jovens já beneficiados.
O programa se concentrará nas regiões mais pobres do país e com maiores percentuais de jovens sem o terem completado os ensinos fundamental e médio.
Os cursos terão pelo menos seis meses de duração.
Recentemente, o candidato tucano usou parte do seu programa eleitoral de rádio e TV para negar boatos de que iria acabar com o Bolsa Família e atribuiu os rumores ao PT e correligionários.
No último fim de semana, Aécio, em mais um gesto social, anunciou que um dos critérios de ajuste nas aposentadorias será o aumento dos preços dos remédios.
Crescimento Econômico de 4,5%
A poucos dias de serem divulgados os dados sobre o segundo trimestre deste ano, o candidato previu que a economia brasileira seguirá fraca no ano que vem.
Na sexta-feira, o IBGE divulga a variação do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre e as indicações são de um dado negativo, com possibilidade de recessão técnica (quando há dois trimestres seguidos de queda).
E as projeções econômicas para este ano como um todo não são animadoras. O boletim Focus do Banco Central aponta para um crescimento de apenas 0,7 por cento do PIB neste ano.
O tucano afirmou que se eleito irá resgatar a confiança dos empresários e os investimentos no país, de modo que a economia possa crescer entre 4 e 4,5 por cento nos dois últimos anos de mandato.
"Queremos reorganizar as expectativas do país porque o atual governo não tem mais condições... Vamos retomar o crescimento e acredito que é possível nos dois últimos anos do governo alguma coisa entre 4 e 4,5 por cento", afirmou.