Brasil

Aécio acusa PT de desonestidade intelectual

Tucano criticou o partido rival por atacar o ex-presidente Fernando Henrique e sugerir que ele não governou para os pobres


	Aécio Neves concede entrevista coletiva após apuração dos votos em Belo Horizonte
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Aécio Neves concede entrevista coletiva após apuração dos votos em Belo Horizonte (Valter Campanato/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 19h15.

Rio - O candidato tucano à Presidência, Aécio Neves, acusou o PT de "desonestidade intelectual" ao atacar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) e sugerir que ele não governou para os pobres.

"É triste, chega a ser melancólico, o início do segundo turno com esta perversa tentativa de divisão por parte do governo. É triste ver a presidente (Dilma Rousseff), que deveria ter responsabilidade de manter o País coeso, querer transformar os brasileiros em inimigos.

Quero dizer à presidente que perder a eleição é do jogo. O que não pode é perder a coerência", afirmou em entrevista coletiva, no Rio.

Aécio comentou as diferenças entre o que apontavam as pesquisas eleitorais e o resultado da votação do último domingo, quando ficou em segundo lugar com ampla vantagem sobre a candidata do PSB, Marina Silva.

"Alguns desses institutos de pesquisas devem explicação aos brasileiros. Alguns resultados fogem de qualquer lógica", declarou.

O tucano disse que, mesmo quando Marina Silva passou a ocupar o segundo lugar nas pesquisas, continuou a acreditar que chegaria ao segundo turno. "Mesmo quando estava em terceiro lugar, não me considerei fora do jogo e estou longe de me considerar o candidato eleito".

Sobre alianças para o segundo turno, Aécio demonstrou tranquilidade em relação à manifestação de Marina Silva, que fez uma série de exigências para apoiá-lo.

"Vejo com enorme naturalidade. Há uma convergência crescente entre os companheiros. Marina tomará decisão no tempo certo e será por nós respeitada".

O candidato confirmou que receberá neste sábado, 11, o apoio do PSB de Pernambuco, em ato no Recife que terá a presença de Renata, viúva do ex-governador Eduardo Campos, morto no dia 13 de agosto, e seus filhos.

"É uma honra pessoal receber esse apoio". Pela manhã, disse que o apoio da família Campos "tem um simbolismo muito grande".

O candidato reiterou as promessas de revisão do fator previdenciário, mecanismo criado no governo FHC e mantido por Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff para evitar aposentadorias precoces. "Vamos encontrar uma forma que não seja tão perversa".

Aécio também se comprometeu com a correção da tabela do Imposto de Renda pela inflação e com a valorização real do salário mínimo.

O candidato também lembrou que hoje é o dia nacional da prevenção da violência contra a mulher. "Quero reiterar os compromissos de criar uma rede de proteção à mulher que sofreu violência".

Aécio passou a maior parte do dia no seu apartamento em Ipanema, na zona sul do Rio, em conversas por telefone sobre a agenda dos próximos dias e possíveis alianças para o segundo turno.

Acompanhe tudo sobre:aecio-nevesEleiçõesEleições 2014Oposição políticaPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSDBPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final