Cardozo: "se alguém acha que nós (advogados) atrapalhamos, atrapalhamos o arbítrio e a desonra do Estado de Direito", disse o advogado de Dilma (./Agência Senado)
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de maio de 2017 às 11h22.
São Paulo - Em campos opostos nos tribunais, advogados de Michel Temer, Dilma Rousseff, Aécio Neves e Luiz Inácio Lula da Silva se juntaram neste domingo, 21, em uma só causa: criticar a condução da Operação Lava Jato.
Convidado para um jantar em São Paulo em desagravo aos defensores de Lula, o criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, defensor e amigo de longa data de Temer, puxou a fila das críticas ao juiz Sérgio Moro.
"Esse homem, que deve ter suas qualidades, tem defeitos como magistrado incompatíveis com a magistratura. Falta-lhe algo que se chama imparcialidade." Sem citar Moro diretamente, Mariz disse que já ouviu do juiz que "advogado atrapalha".
Foi a deixa para José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça e advogado de Dilma no impeachment. "Se alguém acha que nós (advogados) atrapalhamos, atrapalhamos o arbítrio e a desonra do Estado de Direito."
O evento, em um restaurante na zona sul da capital, foi organizado por Alberto Toron, advogado de Aécio na Lava Jato. O anfitrião deu o tom do encontro. "Mexeu com um, mexeu com todos."
Para entrar, cada convidado pagou R$ 150, e teve como opção de prato carne, peixe ou massa com frutos do mar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.