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Advogado de Molina diz ao STF que fuga foi “épica jornada”

Defesa do senador boliviano pediu o arquivamento do habeas corpus no qual o parlamentar pedia um carro ao governo brasileiro

Senador boliviano Roger Pinto Molina durante depoimento na 4ª Vara de Justiça (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Agência Brasil)

Senador boliviano Roger Pinto Molina durante depoimento na 4ª Vara de Justiça (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 23h42.

Brasília – A defesa do senador boliviano Roger Pinto Molina pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do habeas corpus no qual o parlamentar pedia um carro ao governo brasileiro para deixar a Embaixada do Brasil em La Paz (Bolívia), além da intervenção no processo de concessão de um salvo-conduto. Na petição, Fernando Tibúrcio, advogado do senador, definiu a fuga como “épica jornada”. O processo chegou ao STF no dia 17 de maio.

No documento, Tibúrcio relata ao ministro Marco Aurélio, relator do processo, que Molina foi retirado da embaixada brasileira, no dia 23 de agosto, com ajuda do diplomata Eduardo Saboia, e está em território brasileiro. Por esse motivo, a defesa pede o arquivamento do pedido. “Por obra de determinação de um grande brasileiro, o diplomata Eduardo Saboia, o senador da República da Bolívia Roger Pinto Molina foi colocado em um carro diplomático daquela representação e, depois de um épica jornada de 22 horas e 1,6 mil quilômetros, alcançou a liberdade”, disse o advogado.

Pinto Molina foi retirado da Bolívia em uma operação organizada pelo encarregado de Negócios do Brasil em La Paz, o diplomata Eduardo Saboia. O fato desencadeou uma crise diplomática. O então chanceler Antonio Patriota foi substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado.

O senador ficou 455 dias abrigado na embaixada brasileira à espera de autorização dos bolivianos para deixar o país. Em junho de 2012, o Brasil concedeu asilo diplomático ao senador, mas o governo boliviano não deu o salvo-conduto para ele deixar o país.

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