Cunha: o peemedebista foi sentenciado por crimes de corrupção, de lavagem e de evasão fraudulenta de divisas (Rodolfo Buhrer/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de maio de 2017 às 19h45.
Última atualização em 18 de maio de 2017 às 19h50.
O escritório Arns de Oliveira & Andreazza Advogados Associados informou nesta quinta-feira, 18, que 'não advoga mais' para o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em ação penal na Operação Lava Jato.
Os defensores não apontaram os motivos a renúncia. Afirmaram apenas que substabeleceram o caso para os advogados que já estão na defesa.
Marlus Arns foi contratado em 20 de outubro do ano passado, um dia depois de Eduardo Cunha ser preso por ordem do juiz Sérgio Moro - símbolo da Lava Jato que já condenou o ex-parlamentar a 15 anos e quatro meses de prisão.
Nesta quinta-feira, 18, o peemedebista foi alvo de novo mandado de prisão na Operação Patmos que cerca o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e familiares do tucano.
A Patmos também aponta para Altair Alves Pinto, suspeito de transportar dinheiro em espécie destinado a Eduardo Cunha. A Polícia Federal fez buscas na casa de Altair, no Rio.
O advogado Marlus Arns representava o peemedebista em uma ação penal perante o juiz Moro. Neste processo, o ex-presidente da Câmara foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão na Lava Jato por propinas na compra do campo petrolífero de Benin, na África, pela Petrobras, em 2011.
O peemedebista foi sentenciado por crimes de corrupção, de lavagem e de evasão fraudulenta de divisas.
O criminalista amarrou os acordos de colaboração dos empreiteiros Dalton Avancini, Eduardo Leite e Paulo Augusto Santos, da Camargo Corrêa, e do empresário João Bernardi Filho, todos investigados na Lava Jato.